Complicado, não?
Começo por explicar o seguinte: Ao ler uma matéria sobre Morgan Freeman, consagrado ator negro, fico sabendo não ter havido um filme onde ele, num papel secundário, não tenha superado o astro principal.
E contracenou com Clint Eastwood e Jack Nicholson, entre outros. Lembro de “Os imperdoáveis”.
Coadjuvante num papel secundário, Freeman simplesmente “roubou a cena”.
Como os senhores sabem, o futebol mexe com várias dimensões da natureza humana.
O gosto pela vitória, o instinto de competição física, possibilidades motoras e lúdicas e a inclinação pelo simbólico.
Cheguei ao ponto que queria.
As impressões sobre Morgan Freeman caem como luva em um coadjuvante chamado Pio, do Ceará Sporting Club.
Falo do simbolismo de sua participação na subida do alvinegro para a primeira divisão.
Não era titular. Nem na lateral e nem no meio campo.
Quem provocou os maiores delírios no Castelão com suas cobranças de faltas decisivas em jogos carregados de emoção?
Pio, o coadjuvante, impôs uma superioridade secundária.
Os “cobras” eram os outros.
Mas ele “roubou a cena”, tal qual o ator americano.
Penso ter explicado a contento o título desta croniqueta.
Quando insinuaram Pio em uma suposta lista de dispensáveis do Ceará, não acreditei.
Pensei: logo num estágio do futebol onde a tal da “bola parada” é importante, como se abre mão do canhão que Pio possui no pé direito?
E o simbólico como uma das razões do futebol?
Dirigente, muitas vezes perde o juízo, mas não é burro.
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