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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

066 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais.


Posto Regente fundado por Mário Oliveira e depois transformado em Posto Crato, em sociedade com o Audisio Brizeno, resiste até nossos dias, instalado na gloriosa Praça Siqueira Campos – Crato. 

O Audisio era compositor e tinha uma bronca com o Rei do Baião Luiz Gonzaga porque o entregou uma musica pronta para ser gravada, e, a letra foi modificada para agradar um fazendeiro rico de São Paulo além do Luiz aparecer como parceiro na autoria da letra e música. 

Estes fatos tornaram o Audisio mais raivoso do que a falta do recebimento de qualquer direito autoral. 

A musica dizia assim:

Meia noite o pinto pinica o galo
O galo pinica o pinto
O pinto quiri quiqui.

Meia noite, é o berrado do bode
É o roncado do porco
Que ninguém pode dormir.

Deixando de fora a bronca do Audisio, que foi um grande amigo meu, peço permissão para contar uma historinha dos tempos do Crato de antanho. A vida social da cidade era bem mais movimentada. Toda sexta-feira havia baile na AABB e aos sábados no Crato Tênis Clube, além da grande vesperal de Domingo.

Na época eram poucos os automóveis, poucas famílias dispunham desse privilegio e era costume utilizar-se dos serviços do taxista. O Audisio tinha um timbre de voz bastante assemelhado a voz feminina e era costume receber trotes de pessoas imitando sua voz nos dias em que estava de plantão no posto, o que lhe deixava fulo da vida.

Um belo dia, terminada a festa da AABB, já por volta das três horas da manha, uma senhora apanhou o telefone do Bar com o Aristides e ligou para o Posto Crato e o Audisio atendeu. Veja o dialogo que ocorreu entre os dois:

Audisio: alô!
A mulher respondeu: quem está falando? Com voz bem assemelhada ao Audisio.

O Audisio qual um siri na lata  respondeu : porque você não vai imitar a puta que pariu?
Desligou o telefone na cara da mulher que ficou assustada com tamanha agressividade.

8 comentários:

  1. Bons tempos aqueles. Saudades do Audizio.

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  2. Eu tenho uma grande amiga filha de Audísio Brizeno, seria o mesmo Audísio pai de Gracinha, Aldina, Adalva...? Se for, é muita coincidência.

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  3. É sim Artemisia. Eles residem a rua Jose Carvalho em Crato. Audizio já é falecido.

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  4. Passei bons momentos na casa de seu Audísio e D. Nanzinha. Era meu ponto de apoio e de Aurinete Freitas quando íamos à Faculdade do Crato, hoje URCA.

    Abraços.

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  5. O Audisio tinha um punhado de filhos tão bons quanto ele.

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  6. Bom dia Antonio,
    Com satisfação encontro dados sobre audizio em seu blog.

    Sou Xico Nóbrega pesquisador de luiz gonzaga, tou preparando um livro sobre os compositores dele. Voce pode me ajudar? Me dando mais dados sobre audizio? Vc tem contato das filhas dele?

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  7. Amigo Morais sempre com boas história do crato antigo valeu

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