Vou me reportar ao meu pai, Aurino Mendonça. Em família, nós éramos sete filhos, seis homens e uma mulher. Das suas lições que foram muitas, duas marcaram nossas vidas, porque mencionavam cuidados para com a classe política. As duas lições a que me refiro: "Vocês só queiram saber de boas amizades e a pessoa que mente, rouba". Esses conceitos eram normas que praticamente toda nossa geração cultuava, através das lições nos exemplos dos pais.
Como pai, transmiti essas lições para meus filhos, e deram muito certo, pois todos as seguiram religiosamente. Fui político na minha adolescência, como líder estudantil, ocupei a presidência do Centro Estudantil Juazeirense, cidade onde residia. Já adulto, ingressei na política partidária e disputei a Prefeitura do Crato. Fui vice-prefeito e primeiro suplente de deputado estadual. Fui igualmente presidente da Associação Comercial do Crato, do Rotary Clube e delegado da Fiec no Cariri. Fui político por ideal, emprestando os melhores propósitos às causas mais nobres da cidade do Crato, da região do Cariri, e do Brasil. Quando cheguei à conclusão de que para alcançar poder tinha que vender a alma ao diabo, abandonei a vida pública por completo, e sem nenhum desgaste.
Atualmente, estou dando a minha modesta contribuição à política, - transformada num lixo -, através dos meus artigos, pelos quais recebo as maiores manifestações de apoio e estímulo.
Uma reforma política se faz urgente e necessária, inclusive para reduzir o número de partidos. De 39 para quatro ou cinco, para serem comandados por homens de bem, hoje afastados por completo da vida partidária. Em passado recente da vida do País, as agremiações políticas, apesar de suas falhas, traduziam o sentimento partidário alimentado no seio das famílias, notadamente, as tradicionais, responsáveis lideranças fundamentais à vida da Nação.
Atualmente, estou dando a minha modesta contribuição à política, - transformada num lixo -, através dos meus artigos, pelos quais recebo as maiores manifestações de apoio e estímulo.
Uma reforma política se faz urgente e necessária, inclusive para reduzir o número de partidos. De 39 para quatro ou cinco, para serem comandados por homens de bem, hoje afastados por completo da vida partidária. Em passado recente da vida do País, as agremiações políticas, apesar de suas falhas, traduziam o sentimento partidário alimentado no seio das famílias, notadamente, as tradicionais, responsáveis lideranças fundamentais à vida da Nação.
Hoje, essas organizações são aglomerados de interesses menores - pessoais -, em busca de vantagens pecuniárias a qualquer custo. Os partidos são instrumentos essenciais ao regime democrático. Não essas improvisações de caráter emergencial e personalísticos de grupos divorciados da realidade nacional. Costumo lembrar uma lição trazida desde o tempo dos meus avós: "O pau que nasce torto, morre torto". A reforma político-partidária é um imperativo nacional e urgente para se evitar o caos.
(*) Humberto Mendonça é empresário
Prezado Armando - O texto do Humberto é um primor. O legado deixado por Aurino Mendonça honra a todos nós. Na avaliação que faz da politica atual a mais pura verdade. Os homens de bem desistiram e entregaram o pais aos canalhas.
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