No inicio da década de 80 do século passado eu estava na Gerência do Bicbanco à Rua Barbara de Alencar 836 Crato, quando recebi a visita dos vereadores José Valdevino de Brito, presidente da Câmara Municipal, Dandinha Vilar, secretária e dos membros do legislativo cratense Francisco Bezerra Teles e Virgílio Xenofonte de Oliveira.
Estavam a fazer a comunicação da aprovação de um título de cidadão cratense para mim. Além de amigo, parente e camarada José Valdevino de Brito era tio legítimo de minha esposa. Foi a ele, diante da confiança que existia entre nós, que me dirigir : Agradeço de coração, mas, devo informar que não aceito. E não aceitei. Se tinha ou não razão para tomar a decisão o problema era meu.
Continuei sendo filho apenas de Várzea-Alegre, e quem desejar conhecer minha ascendência, ao consultar a árvore genealógica chegará em oito filhos de José Raimundo Duarte, o conhecido José Raimundo do Sanharol, filho do badalado Papai Raimundo cuja medalha criada em seu nome já homenageou muito gente por merecimento, por hipocrisia e demagogia politica, embora nas favelas que proliferam a cidade ninguém saiba quem foi.
Uns disseram que a recusa foi por peitica, outros porque sou birrento, impingento, mas a causa foi bem outra. E não me arrependi até hoje.
Você amigo, tem todo direito de dizer que estou mentindo. Afinal José Valdevino, Dandinha Vilar, Francisco Bezerra Telles e Virgílio Xenofonte são falecidos. A história não tem testemunhas. Mas, pouco importa se você acreditar ou não.
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