Enquanto o governo francês
preparava as homenagens, a representação diplomática do Brasil tentava
convencer o governo francês a não as fazer, rogando que a bandeira e os
símbolos Imperiais não fossem expostos
Em 05 de dezembro de 1891, em Paris, capital da França – no Hotel
Bedford, falecia o magnânimo Dom Pedro II. Em um suspiro final disse:
––"Que Deus conceda-me estes últimos desejos - paz e prosperidade para o Brasil..."
A princesa Isabel solenemente beijou as mãos de seu pai, e, depois
disso, todos os presentes beijaram sua mão, reconhecendo-a como a
Imperatriz do Brasil.
Dom Pedro
II foi vestido com o uniforme de Almirante e Comandante-em-Chefe das
Forças Armadas do Brasil. Em seu peito foram colocados a Ordem Imperial
do Cruzeiro do Sul, a Ordem do Tosão de Ouro, Ordem da Rosa e um
crucifixo enviado pelo Papa Leão XIII. Duas bandeiras imperiais cobriam
suas pernas.
Devido a um pedido feito por Dom Pedro II ("É o solo do meu país, eu desejo para ser colocado no meu caixão caso eu morra longe da minha pátria."),
um pacote contendo terra de todas as províncias do Brasil foi colocado
dentro do esquife e livros foram colocados sob sua cabeça.
Mais de 2 mil telegramas e 200 coroas de flores foram enviadas à
Família Imperial. O presidente francês Sardi Carnot, em viagem pelo Sul
daquele país, enviou todos os membros do Governo para prestarem
homenagens ao imperador brasileiro. A Princesa Isabel desejava realizar
uma cerimônia discreta, mas acabou por aceitar o pedido do governo
francês de realizar um funeral de Estado.
Enquanto o governo francês preparava as homenagens, a representação
diplomática do Brasil tentava convencer o governo francês a não as
fazer, rogando que a bandeira e os símbolos Imperiais não fossem
expostos. De nada adiantou os protestos, a República Francesa prestou
honras grandiosas de Chefe de Estado a Dom Pedro II.
No dia 09, apesar da chuva incessante e do vento frio, 300.000 pessoas
ocuparam a Praça de La Madeleine. A formação militar francesa, composta
por 80.000 homens, todos em uniforme de gala, prestou honras post mortem
ao Imperador Brasileiro. Os cavalos, os tambores das bandas de música e
as bandeiras traziam tarjas de luto. Estava presente às exéquias a
realeza europeia, o governo Francês, representantes da América, Europa,
Ásia e África, além da intelectualidade da época.
Só o Embaixador do Brasil (ó decepção) estava ausente. O esquife seguiu para Portugal onde recebeu honras de Estado, e foi enterrado no Panteão dos Bragança.
Fonte: Face book “Cavaleiros de Petrópolis.
Atual jazigo do Imperador Dom Pedro I, localizado ao lado direito
da Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis (RJ)
Se o Brasil vivesse uma monarquia certamente seria a nação líder da América latina em todos os segmentos. A republiqueta elegeu os mais ordinários representantes, tanto que chegaram a promover ditaduras vizinhas esquecendo os próprios interesses da nação.
ResponderExcluirÓtimo texto meu amigo. Parabéns. Dom Pedro II foi o maior estadista que já tivemos.
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