Faz um bom tempo, escrevi uma crônica afirmando que a festa do brasileiro em torno de uma Copa do Mundo era, também, uma vingança.
Não fui bem compreendido.
Como vingança, se o futebol é um dos poucos lugares sociais, já que muitos outros foram negados, e funciona como mecanismo para enfrentar as agruras da vida?
É o sequinte: quando o povo enfeita as ruas, se pinta de verde amarelo e celebra, ele procura se vingar da Vida Severina que leva ( 13 milhões de desempregados), da corrupção, da negligência com a saúde, educação, transporte e o meio ambiente.
Enfim, responde, com essa manifestação de alegria, aos que nos desgovernam e fazem piorar a vida.
Nos últimos tempos, as coisas mudaram por conta do desfacelamento governamental.
Na Copa do Mundo realizada no Brasil, a bola rolava dentro de campo e os protestos se davam do lado de fora.
O descontentamento se deu de forma direta, sem a fantasia da alegria e da comemoração.
Agora, o brasileiro está cansado até da vida, quanto mais dos protestos, e 53% não estão nem aí para o que vai acontecer na Rússia.
O clima não favorece à coisa alguma. Nem mesmo à reação aos descalabros.
Por trás de tudo no Brasil tem o ludibrio, a enganação e um interesse imoral. Eu me lembro do retorno do Brasil campeão que foi direto para o palácio do planalto. Cafu saiu dando bunda canasta na rampa para o aplauso do FHC. Ali o povo já estava sendo enganado. A ultima copa, a dos 7 x 1 foi idealizada para dar sustentação popular e financeira a Lula, Dilma e seus aliados. Felizmente a enganação não se cumpriu.
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