Apesar de todas as transformações que o futebol experimentou nos últimos tempos, não acho que o jogo tenha perdido seu encanto.
Se os jogadores, hoje, são super-homens e os espaços do campo diminuíram drasticamente para se jogar, os gênios da bola acabam encontrando caminhos e estabelecendo a diferença.
No Brasil, onde o futebol se dá de forma atmosférica, a modalidade inventada pelos ingleses continua gerando paixão, discussão, afeto, desespero e felicidade.
Me agrada, particularmente, uma definição sobre futebol do jornalista e escritor, Sérgio Augusto: “O brasileiro aprende geografia em Copas do Mundo. O americano em guerras e invadindo terras longícuas”. A definição está resumida, mas atinge o que se pretendeu dizer.
Outra, bem interessante: “A Seleção Brasileira é um passaporte informal do país”.
Costumo dizer que o futebol nos fundou. Foi a conquista primeira, a Copa de 1958, que apresentou o Brasil ao mundo, graças à genialidade de Pelé e à poesia de Garrincha.
A partir daí, perdemos a humildade, como disse Nelson Rodrigues, e o esporte rei passou a expressar as nossas manias, defeitos, virtudes e potencialidades.
Os desalentados, em função de uma Copa da Rússia que ainda não deu liga, vociferam, apressadamente. que o jogo perdeu muito do espaço físico e simbólico.
Também, não concordo. Esperem só a bola rolar.
Prezado Wilton - A foto escolhida para ilustrar sua crônica mostra o Amarildo no lugar de Pelé. Tem o propósito do meu comentário. Com o Brasil e Alemanha já em campo o Galvão Bueno fez esse comentário prodigioso : " Quando Amarildo substituiu Pelé usava a camisa 20, hoje o Bernard substitui Newmar com a camisa 20, o terceiro lugar para a Alemanha está de bom tamanho". Eu acho que depois dos 7 x 1 ele viu a besteira que disse.
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