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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Literalmente morto ou o major que perdeu a guerra depois de morto - Por Zé Savio.

Várzea Alegre traz a graça
Dos contrastes naturais
Onde os fatos bem reais
A população abraça.
Chora no meio da praça
A tradição que perdeu.
Novo contraste nasceu
Com decisão descabida
A guerra não combatida
O major morto perdeu.

O poder legislativo
Que nomeia toda a rua
Na cantiga da perua
Dá um bote bem ativo.
Muda o nome primitivo
Da rua de seu Dirceu
Deu cabo a quem já morreu
Sem a defesa merecida
A guerra não combatida
O major morto perdeu.

Major Joaquim Alves tem
Pra nós, passado fecundo
Pois para papai Raimundo
Foi um filho muito além.
Ao povo ele fez o bem
E a cidade o agradeceu
Nome de rua lhe deu
Agradecendo a sua lida
A guerra não combatida
O major morto perdeu.

Amigo vereador,
Representante da gente,
Você abriu um precedente
Histórico de valor.
Mudou na rua o primor,
Que o povo lhe concedeu.
O passado não valeu
Nem a luta destemida
A guerra não combatida
O major morto perdeu.

Dr. Jose Savio Pinheiro.

8 comentários:

  1. Prezado Dr. Savio.


    Além do precedente aberto, cortaram a memória da familia em quatro gerações. Veja: O Major Joaquim Alves Bezerra era o pai de Clara Alves Bezerra, que era a mãe do Coronel Antonio Correia Lima, que era o pai de Constância Correia, que era a mãe do homenageado. Será que alguem gostaria de tomar a honraria do seu trisavô?

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  2. Morais, você poderia morar na Índia e trabalhar na genealogia de casais. O seu emprego estaria garantido. Você é mais sábio que Clementino Cota. Belo comentário.

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  3. Caro Zé Sávio e Morais...

    Maravilhoso cordel. Adorei.
    Na época em que ocorreu a troca eu lancei uma "Carta Aberta em Defesa da Memória de Várzea Alegre". Mandei cópia para Câmara e Prefeitura, imaginado que a absurda Lei pudesse ser revogada. Reconheço o grande valor do último homenageado, deputado Otacílio Correia. Mas, ao retirar o nome do Major, pioneiro, desrespeitamos a nossa história e autorizamos taxativamente às gerações futuras a também desmerecer as homenagens feitas por nossa geração.

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  4. Dr. Savio e Dr. Flavio.

    O homenageado é merecedor de todas as homenagens quen lhe forem oferecidas, não resta a menor duvida. Auturizar desfazer as outorgas de acordo com as conviniencias de cada epoca e vontades de bajuladoras é que é errado e cortar a memoria de um povo, de uma familia é fora de qualquer proposito. Sou um grande admirador do Otacilio pelo que representou para nossa cidade, o Ceara e o Brasil. Mas, na minha pequenez, sou contra a mudança, no caso da Rua Joaquim Alves ou de qualquer outra.

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  5. major Joaquim Alves lutou na gurra do Paraguai e a sua memória ´~ao poderia ter sido atingida dessa natureza. Admirei muito na época a atitude de Flávio ter feito aquele manifesto. lamentável que o nobre vereador não tenha apresentado ao longo da sua presença na Câmara nenhum projeto de vulto em benefício de nossa Terra. Parabéns, Sávio pela lembrança.

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  6. Já que ficou o dito pelo não dito,
    o mínimo que se pode fazer nesse caso é quando falar rua: deputado Otacílio Correia, dizer logo em seguida, Antiga major Joaquim Alves. Isso mesmo que estou escrevendo aqui, Eu falei para meu amigo o guerreiro Luís Carlos Correia Diniz, filho do segundo homenageado.
    Poeta Povinha. Parabéns pelo peoma/histórico.
    Abraço.
    Mundim.

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  7. Dr. Savio.

    Eu comentei outros aspectos da postagem e esqueci de cumprimentar o nosso Grande Poeta Savio pelo belo poema. Parabens Dr. Savio.

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  8. Morais, Flávio, Giovani, Mundim, pelo menos nós trouxemos o fato para questionamento. Existe um projeto de lei tramitando na Câmara Federal sobre esse tema tão polêmico, que anda com dificuldade. O que a população quer, na verdade, é evitar que os políticos deletem a nossa memória, ao bel-prazer. Obrigado pelos comentários.

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