Não. O tema do editorial não é o muro de Berlim. A questão é outra. A histórica Usina José Bezerra é vinculada a Secretaria de Infraestrutura do município de Juazeiro do Norte. Para esse local, a Prefeitura resolveu transferir os feirantes da Rua São Paulo e, para isso, começou obras no local, que teve um muro derrubado e danificado.
Esse singelo episódio ganhou contornos de crise política. Mais uma na já turbulenta administração municipal de Juazeiro do Norte, apesar do cavalheirismo do prefeito Santana, conhecido de todos por sua placidez. Agravou a situação o fato de que os proprietários do local da reforma não foram avisados de sua ocorrência e tomaram conhecimento dessa iniciativa do Poder Público somente após o incidente com o muro, que poderia ter gerado efeitos ainda mais desagradáveis como o ferimento de operários ou de transeuntes.
Desde logo, o JC informou seus leitores do ocorrido e sugeriu que o Município adotasse as medidas cabíveis, a saber, a recuperação da área e a devida cientificação de seu dono, providências que, por lei, todo inquilino está obrigado a levar a efeito.
A queda do muro gerou algumas consequências políticas e administrativas, além dos notórios efeitos arquitetônicos.
A primeira foi o mal-estar com o ex-governador Adauto Bezerra, personalidade política mais ilustre da História contemporânea de Juazeiro do Norte, que teve sua condição de locador desrespeitada e seus brios como líder da família atingidos, pois se danificou uma área que possui significado simbólico para todo o clã. Ao final, prevaleceu o bom-senso e a obra foi paralisada, além da reconstrução do muro da usina. Por mais que Adauto Bezerra pudesse invocar seus merecimentos como político e militar que escreveu parte da História recente do Brasil, ele simplesmente fez valer seus direitos como cidadão, igual a qualquer outro, que não poderia silenciar ante a invasão de sua propriedade.
A segunda consequência é administrativa. O povo de Juazeiro pagará pela destruição do muro, pela obra cancelada e pelo dispêndio com seu soerguimento. A Secretaria de Infraestrutura deve explicações à sociedade juazeirense. Equívocos dessa natureza não podem passar despercebidos dos órgãos de controle da Administração Pública.
De tudo, fica o reconhecimento da visão do prefeito Santana, que soube ouvir a imprensa, no caso o JC, e dar ao caso o desfecho mais adequado. As páginas do JC permanecem ao dispor do prefeito, independentemente de sua disposição em não mais falar ao jornal. É por meio da imprensa livre que se forja o diálogo respeitoso entre a sociedade e os governantes. A capacidade de interagir com a imprensa é uma qualidade dos líderes democráticos. Ainda que essa leitura da Democracia passe por uma ideia de Revolução.
Fonte: Jornal do Cariri, edição de 05 de janeiro de 2009
Esse singelo episódio ganhou contornos de crise política. Mais uma na já turbulenta administração municipal de Juazeiro do Norte, apesar do cavalheirismo do prefeito Santana, conhecido de todos por sua placidez. Agravou a situação o fato de que os proprietários do local da reforma não foram avisados de sua ocorrência e tomaram conhecimento dessa iniciativa do Poder Público somente após o incidente com o muro, que poderia ter gerado efeitos ainda mais desagradáveis como o ferimento de operários ou de transeuntes.
Desde logo, o JC informou seus leitores do ocorrido e sugeriu que o Município adotasse as medidas cabíveis, a saber, a recuperação da área e a devida cientificação de seu dono, providências que, por lei, todo inquilino está obrigado a levar a efeito.
A queda do muro gerou algumas consequências políticas e administrativas, além dos notórios efeitos arquitetônicos.
A primeira foi o mal-estar com o ex-governador Adauto Bezerra, personalidade política mais ilustre da História contemporânea de Juazeiro do Norte, que teve sua condição de locador desrespeitada e seus brios como líder da família atingidos, pois se danificou uma área que possui significado simbólico para todo o clã. Ao final, prevaleceu o bom-senso e a obra foi paralisada, além da reconstrução do muro da usina. Por mais que Adauto Bezerra pudesse invocar seus merecimentos como político e militar que escreveu parte da História recente do Brasil, ele simplesmente fez valer seus direitos como cidadão, igual a qualquer outro, que não poderia silenciar ante a invasão de sua propriedade.
A segunda consequência é administrativa. O povo de Juazeiro pagará pela destruição do muro, pela obra cancelada e pelo dispêndio com seu soerguimento. A Secretaria de Infraestrutura deve explicações à sociedade juazeirense. Equívocos dessa natureza não podem passar despercebidos dos órgãos de controle da Administração Pública.
De tudo, fica o reconhecimento da visão do prefeito Santana, que soube ouvir a imprensa, no caso o JC, e dar ao caso o desfecho mais adequado. As páginas do JC permanecem ao dispor do prefeito, independentemente de sua disposição em não mais falar ao jornal. É por meio da imprensa livre que se forja o diálogo respeitoso entre a sociedade e os governantes. A capacidade de interagir com a imprensa é uma qualidade dos líderes democráticos. Ainda que essa leitura da Democracia passe por uma ideia de Revolução.
Fonte: Jornal do Cariri, edição de 05 de janeiro de 2009
Nina Luiza Carvalho disse:
ResponderExcluirO dia de reisado na cidade de Juazeiro do Norte terminou com bate boca e agressões verbais entre o prefeito Manoel Santana e um servidor publico. Tudo isso se deu ao fato do atraso de um ônibus que transportaria os brincantes de reisado para suas casas.
Os grupos participavam desde cedo de cortejos pelas principais ruas da cidade e deveriam retornar às 13h. O atraso se deu por mais de três horas e os protestos começaram a surgir. No inicio da noite, o prefeito chegou junto com o ônibus e pediu desculpas pelo o atraso. Mas insatisfeito, o servidor público e xilogravurista Francorli iniciou um discurso de aborrecimento em relação ao tratamento da prefeitura com a cultura local.
O prefeito, perdendo a compostura, o ofendeu com palavras de baixo calão. Francorli revidou a ofensa e, separados pela população presente, foi ate a delegacia prestar o boletim de ocorrência por agressão verbal.
Na delegacia, o porta-voz do prefeito e secretário de Segurança Pública de Juazeiro do Norte, Cláudio Luz, afirmou que o que ocorreu de fato foi um desacato à autoridade e que não houve, de maneira alguma, agressão física. Enquanto Francorli saiu da delegacia sem dar entrevista e muito nervoso.
FONTE: Jornal do Cariri Online
DONIZETTI ARRUDA escreveu:
ResponderExcluir"Os passos a ser dados em 2010
O novo ano já começou. No Grande Crajubar, apenas o prefeito Samuel Araripe trabalha com a tranqüilidade para concluir seu segundo mandato com aprovação popular para sonhar com vôos políticos maiores em 2014. Para concretizar seus sonhos, Samuel avança em acordos internacionais que se viabilizados promoverão uma revolução no futuro do Crato. Já a situação dos prefeitos de Barbalha, Zé Leite e de Juazeiro, Manoel Santana, é bem diferente. Ambos precisam mostrar obras e realizações. Passado o primeiro ano, Zé Leite sabe que sua administração precisa deslanchar. O mesmo vale para Santana. Os dois petistas contam com o respaldo do Planalto graças ao prestígio do deputado José Guimarães. Assim, eles têm todas as condições de promoverem uma transformação nas duas cidades. O resultado do primeiro ano de administração foi aquém do esperado pelo povo de Barbalha e Juazeiro. Mas, é possível reverter esse quadro no segundo ano. A torcida é por essas viradas.
O muro da discórdia
A secretária de Infraestrutura, a ex-professora de Comunicação Social, Fátima Bandeira, encaminhou um e-mail a coluna. Eis a íntegra: Sr. Donizete Arruda. Estranhei bastante, ao abrir o Jornal do Cariri, encontrar supostas informações a mim imputadas por V.Sa., em coluna da edição de 29/12/2009. Desconheço quando lhe prestei tais informações, ou a quem quer que seja, sobre esse assunto. Não sei com qual interesse V.Sa. publicou essas inverdades envolvendo meu nome e venho, através desta, informá-lo que pedirei direito de resposta e indenização por danos morais. Quando V.Sa. quiser alguma informação sobre a Secretaria de Infraestrutura de Juazeiro do Norte pode ligar através do telefone (88) 35715243 que terei toda a presteza para atender. Atenciosamente, Fátima Bandeira. Calma, secretária. A ex-professora de Comunicação Fátima Bandeira deveria saber conviver com uma imprensa livre e independente no Cariri , mas isso parece não combinar com seus métodos. Vem logo com as ameaças. Porém, a verdade é que prevalece em todos os episódios, inclusive no muro da Usina de propriedade do coronel Adauto Bezerra que está sendo reerguido. A ex-professora Fátima Bandeira foi obrigada a se submeter ao desejo conciliatório do prefeito Santana e agora precisa apenas explicar quem pagará pelos prejuízos causados ao Município com a reforma suspensa no prédio da usina.
Valeu o bom senso de Santana
O prefeito Manoel Santana determinou que o muro da usina da família do coronel Adauto Bezerra fosse reconstruído. Evitou um confronto desnecessário. Não é a primeira vez que Santana se envolve na administração para impedir atritos inúteis de seus auxiliares. Agiu corretamente e teve a sensatez de respeitar o direito de posse do coronel Adauto além de ouvir uma sugestão dada aqui. A ex-professora Fátima Bandeira teve que se submeter a vontade de Santana. E já não era sem tempo do prefeito mostrar que quem foi eleito foi ele. E quem o povo de Juazeiro colocou na prefeitura foi ele. E confia nele. Quanto a ainda poderosa e ameaçadora secretária de Infraestrutura de Juazeiro, o melhor conselho a ser dado a ela por Santana: ex-professora aposte no diálogo mesmo com a imprensa que não está subjugada aos seus caprichos"
Prezado Armando.
ResponderExcluirCom relação as administrações de Dr. Santana e Ze leite é notorio que existe uma insatisfação muito grande da parte da população. Mas, estamos no inicio de seus governos, se mudarem os rumos mudarão tambem as suas avaliações. Samuel tem apresentado resultados julgados satisfatorios pela população.
Quanto a polemica do muro o certo é que pra isto existe a lei. Um contrato entre partes deve ser cumprido como determina a lei. Existem pessoas, que para aparecer, falam bobagens e depois as engole.
Prezado Armando.
ResponderExcluirSaibamos separar o joio do trigo. O jornalista Donizete Arruda tem na base do "achismo", direto de Brasília, noticiado (?) fatos que não refletem a realidade dos fatos.
Considero estranho apenas o fato do "independente" Jornal do Cariri não noticiar que o problema da retirada dos feirantes da Rua São Paulo está sendo resolvido. Irão para o Bairro Franciscanos, ao lado da Igreja de São Francisco.
É muito cômodo noticiar sem saber ou conhecer.
Respeitoso abraço ao amigo.
Prezado amigo Beto fernandes.
ResponderExcluirQue bom tê-lo pelos lados do Sanharol. Sua visita nos honra muito. Um abraço amigo. Volte mais vezes.
Giovani.
ResponderExcluirCom todo respeito e sem querer polemizar. Acho que quem não conhece a historia e está confundindo as coisas é o senhor.
Devemos expor nossos pensamentos com base na razão, no respeito, na verdade e principalmente com conhecimento de causa.
Obrigado.