Outro dia, li em Pedra de Clarianã, uma historia do Raimundo Pretinho. Falava de uma vaca de propriedade do mesmo cujo nome Delicada contrastava com as qualidades de brabeza, coiceira e valentia que apresentava.
Raimundo Alves de Oliveira, Raimundo Pretinho, era um homem sossegado, espirituoso e calmo. Raimundo tinha um jumentinho fujão, veaco e que só comia nas roças alheias. Menininho Bitu, homem serio, conselheiro, que não gostava de brincadeira, tinha uma vazante de capim de planta e por melhor que fosse a cerca o jumentinho só vivia dentro. Não tinha quem desce jeito. Canga, cambão, tamanca, peado do pé pra mão, mas não tinha jeito.
Certa feita, Menininho amarrou o jumento num juazeiro e mandou Chico avisar a Raimundo. Quando Chico se aproximou de Raimundo Pretinho disse: Seu Menininho mandou avisar que o jumento está amarrado lá no pé de juá! Raimundo respondeu: é com uma corda? Sim respondeu Chico. Pois diga pra Menininho que ele já perdeu a corda.
Diante de tamanho desaforo, Menininho trouxe o jumento e prendeu no curral. Mandou Chico novamente avisar a Raimundo Pretinho que fosse buscar o Jumento que fazia três dias que estava preso no curral. Chico tomou chegada do proprietário do Jumento de disse: Seu Raimundo, Menininho mandou dizer que fosse buscar seu jumento que já faz três dias que ele está preso no curral. Raimundo Pretinho respondeu: Chico volte e diga a Menininho que tire o leite!
Por A. Morais
As historias do meu amigo e parente Raimundo Pretinho dão um livro. Este é mais um resgate do Blog do Sanharol. Raimundo Pretinho, homem honesto, trabalhador, honrado, exemplo de esposo, de pai, e de amigo.
ResponderExcluirEm época de verão, os legumes querendo chuva, o sertanejo ´emuito otimista. Em tudo ver um sinal de chuva; Uma vez D;Ana disse: olha, Raimundo, vai chover. Tem uma lagoa na lua. Raimuno Pretinho respondeu: mas vocês já olharam se Meninim Bitu não tá mudando arroz nela?
ResponderExcluirRaIMUNDO HO CONTAVA que certa vez ouve um casamento no Atoleiro ( o nome do noivo era Mané) e naquele tempo era de costume haver muita festa; Forró a noite toda que naquela época chamavam "samba".
ResponderExcluirLá para meia-noite a noiva chama uma amiga para acompanhá-la detrás de casa, porque a casa não tinha basnheiro. Estavam lá e a noiva faLA: fulana, minha prima, porque é que quando a gente tá mijando tem esse chiado? A prima respondeu: Deixe estar, mais tarde Mané vai tirar esse chiado.
Maésia, nora de Raimundo pretinho, trás um irmão do Rio Grande do Norte, formado, muito educado e leva para o Sanahrol para apresentá-lo 'a família de Luis. Chegando na casa d e Seu Raimundo , a calçada cheia, o rapaz cordial, vai cumprimentando todo mundo. Raimundo Pretinho encostado na parede, d emãos para trás, o rapaz chega e diz, Muito prazer, Marcelo. Fica d emão estendida, porque Raimundo pretinho não deu a mínima. Depois, repreendido por Anita, ele justifica: Mais Anita ele é que teve praze, eu pelo menos não tive prazer nenhum.
ResponderExcluirRaimundo Pretinho, exemplo de um cidadão honesto, amigo, viveu a sua vida somente para a família. Deixou muitas saudades, mas tenho certeza que ele se encontra feliz, juntamente com Padim, Cotinha, José Andre, Antonio Leandro, Mininim Bitu e todos que já se foram e deixaram na comunidade do Sanharol os seus patrimônios culturais como memórias para as novas gerações e gerações futuras.
ResponderExcluirMorais...
ResponderExcluirÓtimo causo. Fico feliz em perceber que uma história puxou outra. Todas muito interessantes. Demosntrando o bom humor, inteligência e presença de espírito do nosso povo simples do sertão. Homens como Raimundo Prentin valorizam nossa história, fortalecem nossa cultura e nos dão orgulho de ser varzealegrense.
Raimundo Petrinho chega a casa, vindo do roçado e de longe avistou uma panela muito grande no fogo. Admirado com o absurdo da panela pergunta: o que é isso que se encontra cozinhando nessa panela?????, Ana sua esposa responde: Raimundo!!!!, é pilhas de rádio cozinhado para pegar carga e depois ser usada no radio. Raimundo admirado com a tamanha tecnologia disse: tira o mais rápido possível do fogo!!!!, que se não Tereza come antes de aferventar.
ResponderExcluirUma historia vai puxando a outra. Uma senhorita do sitio Inharé foi para São Paulo e não foi bem sucedida. O emprego que encontrou era menor e inclusive com muito pouca higiene. Retornando ao Sanharol contava para Anita, filha do Raimundo Pretinho sob a observação deste. Anita muié, "eu vortei porque o meu emprego era sem futuro, era uma sebozeira tão grande que tinha dia que eu não conseguia almoçar me lembrando das sujeiras". Raimundo Pretinho então pergunta: E era limpando cu de gente?
ResponderExcluirFico muito feliz de ver as histórias do meu avô Raimundo pretinho, é uma bela homenagem!!!
ResponderExcluirPelas histórias que meu pai(Diassis Pretinho) conta, realmente dava pra montar um livro mesmo!!!
Artur.
ResponderExcluirVoce é mais um da Varzea-Alegre a engrossar essa corrente que mostra causos e proesas da nossa gente.Seu avô foi um homem, bom, amigo, honrado, honesto e que dignificou nossa familia.
Obrigado pela visita.
A.Morais