Clementino Cota, paraibano da gema, trisavô do famoso compositor José Clementino, imortalizado nas músicas de Luiz Lua Gonzaga, o rei do baião, premiou a sua família com uma informação que a iria torná-la famosa na vanguarda de seu tempo, não fosse o descompasso de sua mente.
No viajar ondulante da senilidade, período que se inicia quando a mente começa a dominar o corpo, ele chama um de seus filhos mais novos e diz: - Eu tenho algo muito importante para falar a vocês. Uma experiência de vida, que irá ajudar muito a minha família e ao povo da minha terra, que tanto sofre com a falta de chuvas e com as suas terríveis consequências.
O filho, curioso, indaga-lhe, com certa ansiedade, sobre esta informação tão preciosa e enigmática que o seu pai insiste em transmitir para o bem da humanidade. – Não posso dizer, agora. Só transmitirei este saber quando eu já estiver no leito da morte e sob a presença de Cícero e José, meus filhos mais velhos.
Diante de tanto mistério, a sua família pressentiu que era coisa muito importante que iria ser revelada na hora oportuna. Ficaram, logo, imaginando o sobrenome Clementino estampado nos almanaques de previsões meteorológicas e nos folhetos de cordéis. A notoriedade fácil que viria após a divulgação do feito nos programas de rádio e no boca a boca diário das pessoas crentes.
Anos depois, o paciente de paciência, ofegante, quase inerte, e deitado sobre o seu leito, agora, de sofrimento, mas de prazer, no passado, exterioriza reminiscências diversas numa retrospectiva de sua vida. Parte de sua família sofre naquele recinto o breve desenlace, que ora se aproxima, quando, de repente, o astuto Clementino Cota pergunta: - Onde estão o Cícero e o José? - Estão ali na sala, meu pai! – Pois, chame os dois, que o grande momento chegou!
Criou-se, então, um misto de curiosidade e esperança em torno do moribundo. O enfermo, com ar de despedida, lança um olhar solto na penumbra entristecida daquele quarto para, finalmente, diante de tantos olhares atentos revelar tão enigmático mistério:
- Quando o rio estiver cheio
E de barreira a barreira
É sinal de chuva grande
No eito da cabeceira...
Dr.Jose Sávio Pinheiro.
No viajar ondulante da senilidade, período que se inicia quando a mente começa a dominar o corpo, ele chama um de seus filhos mais novos e diz: - Eu tenho algo muito importante para falar a vocês. Uma experiência de vida, que irá ajudar muito a minha família e ao povo da minha terra, que tanto sofre com a falta de chuvas e com as suas terríveis consequências.
O filho, curioso, indaga-lhe, com certa ansiedade, sobre esta informação tão preciosa e enigmática que o seu pai insiste em transmitir para o bem da humanidade. – Não posso dizer, agora. Só transmitirei este saber quando eu já estiver no leito da morte e sob a presença de Cícero e José, meus filhos mais velhos.
Diante de tanto mistério, a sua família pressentiu que era coisa muito importante que iria ser revelada na hora oportuna. Ficaram, logo, imaginando o sobrenome Clementino estampado nos almanaques de previsões meteorológicas e nos folhetos de cordéis. A notoriedade fácil que viria após a divulgação do feito nos programas de rádio e no boca a boca diário das pessoas crentes.
Anos depois, o paciente de paciência, ofegante, quase inerte, e deitado sobre o seu leito, agora, de sofrimento, mas de prazer, no passado, exterioriza reminiscências diversas numa retrospectiva de sua vida. Parte de sua família sofre naquele recinto o breve desenlace, que ora se aproxima, quando, de repente, o astuto Clementino Cota pergunta: - Onde estão o Cícero e o José? - Estão ali na sala, meu pai! – Pois, chame os dois, que o grande momento chegou!
Criou-se, então, um misto de curiosidade e esperança em torno do moribundo. O enfermo, com ar de despedida, lança um olhar solto na penumbra entristecida daquele quarto para, finalmente, diante de tantos olhares atentos revelar tão enigmático mistério:
- Quando o rio estiver cheio
E de barreira a barreira
É sinal de chuva grande
No eito da cabeceira...
Dr.Jose Sávio Pinheiro.
Dr. Savio.
ResponderExcluirUm bom texto e uma bela historia. Não duvidemos de nada.Vai que tivesse algum dos filho que imaginasse o contrario. A duvida foi desfeita.
Bom dia Dr.
gostaria de aproveitar o espaço para contar que certa ocasião estava eu bebendo cerveja com meu amigo Paulo César e eu perguntei: Paulinho, finalmente " O chinelo da Rosinha é composição sua ou do Zé? Aí ele me disse: É de nós três. Aí eu falei: como assim? Ele falou: minha do Zé e teve a participação de mamãe. a palavra DELA (chinelo dela), foi sugestão dela.
ResponderExcluirExcelente causo, querido Zé Sávio!!!!
ResponderExcluirUm profeta assim nao erra nenhuma. Grande abraço..