Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 9 de janeiro de 2010

Na Novena - Por A. Morais

Numa sala apertada, de uma casinha de taipa no sitio Chico, o poeta Raimundo Lucas Bidinho assistia uma novena na residência, cujo chefe da família era pai de uma Donzela por quem o Bidim tinha uma grande simpatia. No meio da celebração, num movimento brusco, surgiu a zoada de um “pum” vindo dos lados da dita cuja.

Pediram ao Bidim para fazer um verso falando da ocorrência e ele disse:

Eu estava ajoelhado,
Quando uma pobre moça,
Peidou com tanta força,
Que o vestido encheu.

E a pobrezinha tremendo,
Envergonhada correu,
E eu fiquei de cá dizendo,
Foi grande, mas não fedeu.

Bidim.

2 comentários:

  1. Tudo o que se falar do poeta, escritor e sindicalista Raimundo Lucas Bidim é pouco. Ele enfrentou preconceito, descriminação, foi perseguido por conta da defesa do seu ideal. As sementes semeadas por ele, em terreno fertil, produziram frutos para velhice atual que por meio do Sindicato idealizado e fundado por ele se aposentaram e hoje tem uma vida mais digna.

    Disse Tiburcio Bezerra de Morais, no prefacio do Livro de Bidim: O livro de Bidim tem cheiro de uma moqueca de arroz prata colhida na planicie verdejante do Riacho do Machado. Eu digo que o Bidim tinha o dom do humanismo, o carisma da caridade e sentimento cristão. Nossa gratidão e reconhecimento ao grande conterraneo.
    A. Morais

    ResponderExcluir
  2. Junto com Zé Leandro, seu incentivador,fundou o Sindicato dos Trabalhadore Rurais de Várzea Alegre, hoje , cheio d eoporyunistas. Mas no início foi tão difícil, a perseguição era tanta, que o Sindicatop não tinha uma Sede. Vicente Sancho, saudoso ex-presidente, dizia que quando Bidim aparecia numa rua, alguém falava: Lá vem Bidim com o Sindicato debaixo do braço, se referindo 'a sua pasta preta que ele sempre transportava debaixo do braço.

    ResponderExcluir