Outro dia, Antônio Gonçalo de Sousa fez uma coletânea enumerando as estorias de diversos doentes mentais de nossa terra. Talvez o Antônio André, filho de José Alves Bezerra e Ana Alves de Morais, neto de José Alexandre do Canto, casado com Barbara de José de Sousa do Roçado Dentro tenha sido, dentre todos, o mais conhecido.
Antônio André passava tempos muito bem, sem aparentar nenhum distúrbio mental e, outros tempos atirando pedra na lua, chegando a ponto de ser acorrentado e, por fim, preso num quarto preparado especialmente com essa finalidade. Quando doente e preso os familiares eram solidários, visitavam-no constantemente e o tinham consideração e apreço.
Numa de suas crises maiores, semana santa de lua nova, umas senhoras conhecidas e parentas do Roçado Dentro foram até o Sitio Grossos visita-lo. Depois de uma demorada conversa, as mulheres se despediram e saíram conversando. Irene de Manuel de Pedro do Sapo comentou com as demais amigas: Antônio André está bem. Conversa aprumada, bem orientada, já era tempo de está solto. Não merece ficar preso sofrendo essas privações. Ela falava e o Antônio André escutava do seu lugar. Já a certa distancia Antônio André gritou: Ei, Irene! Diga a "Mané de tia Barbara" que não vá dar a bunda nestes dias santos não, que é pecado.
Irene que era muito religiosa disse: Ave Maria, ave Maria -" muier ", o Antônio tá é doido barrido, o lugar dele é aí mesmo.
Antonio André era primo legitimo do meu pai e, em todas as suas crises o problema terminava lá em casa.
ResponderExcluirPapai estava sempre pronto para levar para o medico, fazer tratamento e até prender como ultima opção se preciso fosse.
Fazia achando muito ruim porque eram grandes amigos. Mas ocasiões existiram que a unica solução encontrada era aquela.
Eu costumo dizer que Zé André era um psiquiatra por natureza, houve ocasião que Dr. pedro ter dito; isso aí vocês peçam ajuda a " Ti José" que ele tem uma solução. Como foi no caso do bilhete que Zé André mandou fazer dizendo que a mulher de Andtônio estava esperando por ele na casa de Santiago, porque era o único meio para atrai-lo até aquela casa para ser acorrentado por alguns dias.
ResponderExcluirCyrleMáximo disse...
ResponderExcluirAntonio Morais, esse senhor Antonio André era aquele que ficava, geralmente, "preso" em um quarto, próximo à ponte do rio do Machado, no Sítio Grossos. Se for esse, conheci demais. Quando criança, eu e mais alguns colegas, íamos tomar banho no Sítio Grossos, pulando da ponte. O mesmo, quando nos víamos, começava a chamar "nomes" e pedindo para que fosase solto, para também, tomar bando na ponte
É Cyrle. È esse mesmo. E tem mais, se voce aprendeu 1/4 dos nomes que ele dizia voce sabe de muita coisa.
ResponderExcluirPorque um dia perguntaram: Antonio Quem te ensinou tanto nome feio? Ele respondeu: Eu sabia de muitos e depois que me prenderam aqui eu inventei um bocado de cabeça.
NA MINHA HISTÓRIA "A VINGANÇA DA DOIDA", JÁ POSTADA NESTE BLOG, EU DIGO QUE NÃO VEJO GRAÇA NUMA CIDADE SEM DOIDOS. ESSES REMÉDIOS DE FARMÁCIAS QUE BOTAM OS DOIDOS PARA DORMIREM PREJUDICARAM O NOSSO FOLCLORE... ACABARAM COM AS PRESEPADAS DOS DOIDOS..KSKSKSKSKSKS.
ResponderExcluirAntonio André foi um homem trabalhador, honesto e bom. A culpa de tudo foi da mulher que não o quiz mais. Ele ficou amalucado.
ResponderExcluirMas o meu pai dizia que se as mulheres do Roçado Dentro e do Sanharol deixassem os maridos não tinha cizal na Bahia que desse corda para amarrar os doido.