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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quando há esquema politico na saúde as pessoas morrem - Flavio Dino.


Deputado Federal Flavio Dino.

Quando há esquema político na área da Saúde não se resolve os problemas e as pessoas morrem - advertiu em voz alta Flávio Dino (PC do B),  ex-deputado federal, juiz federal por 12 anos e atual presidente do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), durante o sepultamento do corpo do seu filho Marcelo, de 13 anos, ontem, em Brasília. 

Ao lado de Dino, em uma das salas de velórios do Cemitério Campo da Esperança, estava Agnelo Queiroz, ex-PC do B, governador do Distrito Federal eleito pelo PT. E pelo menos mais 200 pessoas, entre elas algumas das cabeças coroadas da República, como o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado José Sarney e Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal.

Dino escolheu Agnelo para despejar sobre ele todo o seu desespero.

Não é possível alguém morrer de asma dentro de uma UTI, Agnelo. Esse hospital, de Brasília, matou meu filho. Por que não me mataram? Eu preferia mil vezes estar naquele caixão no lugar dele.

Agnelo tentou consolar Dino - em vão. Um dos políticos mais promissores do Maranhão, candidato a prefeito da capital em 2008 e a governador do Estado em 2010, Dino segurou Agnelo pelo braço e continuou:

Vou enterrar meu filho sem saber direito por que ele morreu. Você sabia que a necrópsia do corpo não foi completa por que tem equipamentos quebrados no Instituto Médico Legal? - perguntou Dino a Agnelo. Que calado estava, calado continuou,

Quando meu filho parou de respirar na UTI do hospital, tentaram reanimá-lo, mas o equipamento usado para isso estava quebrado. Providenciaram outro, mas quando ele chegou já era tarde.

Àquela altura, assessores de Agnelo haviam sugerido que ele se despedisse de Dino e saísse rapidamente. Agnelo ouviu o último conselho de Dino:

Faça pelo menos uma coisa no seu governo: interdite os hospitais de Brasília. Interdite. Vou te ligar diariamente cobrando isso.

Marcelo Dino Fonseca de Castro e Costa morreu no início da manhã da última terça-feira na UTI do Hospital Santa Lúcia – um dos maiores de Brasília. Ali havia sido internado pouco depois do meio-dia da segunda-feira. Fora vítima de uma crise de asma quando praticava esportes no Colégio Marista,onde cursava o 9º ano do Ensino Fundamental.

A suspeita de negligência e de erro médico está sendo investigada pela polícia, o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal.

2 comentários:

  1. Lamentavel. Perder uma vida por uma simples crise de asma. Especialmente em se tratando da Capítal da Republica e de uma autoridade do Governo.

    Mas, o fato é que não se pode colocar mais a culpa na UDN, na Arena ou no PDS. A responsabilidade é do PC do B, do PT ou desse Balaio de Gato que se instalou no pais para sucatear Educação, Saude e outros segmentos da sociedade.
    Lamentavel.

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  2. Antes isso só acontecia com as classes menos favorecidas da sociedade. Está chegando nas classes avantajadas, aburguesadas. Quem sabe assim chegaremos a um nível mais elevado no quesito "Saúde" em nosso País. Algo precisa ser feito para que fatos dessa natureza não continuem acontecendo, nem com os pobres e nem com os ricos. A "saúde" é a base da pirâmide de uma sociedade saudável e vigorosa. Sem os serviços de saúde em níveis pelo menos aceitáveis nunca seremos, de fato, um País em desenvolvimento, muito menos de Primeiro Mundo. Lamentavelmente!

    FRANCISCOHORIZONTE.BLOGSPOT.COM.BR

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