O ano de 1.955, foi um ano de muita fartura na terra de São Raimundo. Melancia, jerimum, e maxixe, ninguém vendia, porque ninguém comprava. Todo mundo tinha de sobra. Para que o leitor tenha uma idéia do tamanho da fartura, os conterrâneos enchiam dois caçuás de maxixes apenas num curral abandonado.
Antônio de Irineu, que não tinha profissão definida e nem disposição para o trabalho, resolveu vender maxixes, que não demandava custos e nem muito trabalho. Mas ele não conhecia bem o produto nem tinha noção que por conta da fartura não havia mercado.
Arranjou um balaio grande e foi até uma grota que tinha atrás da casa de Raimundo Gibão, onde encheu o balaio catando maxixe apenas numa rama do pé.
Saiu na rua a procura da venda e a primeira casa que visitou foi a de João Teixeira. Bateu palmas, João Teixeira saiu e quando viu Antônio muito suado na sua porta falou:
- Ou Antônio tu quer ir ali no meu quintal, catar uns maxixes para fazer um cozido pra tu?
A segunda casa, que também foi a última, foi a de Chico Francisco.
Chico também querendo se ver livre do incômodo vendedor disse:
- Quero não Antônio! Eu vi falar que tu só vende maxixe verde.
- O qui é isso Seu Chico? Eu sou um ome dereito. O Sinhor tá pensando qui eu sou quiném seu cunhado João André? Qui vindia manga mucha na Rajalegue?
Antônio de Irineu, que não tinha profissão definida e nem disposição para o trabalho, resolveu vender maxixes, que não demandava custos e nem muito trabalho. Mas ele não conhecia bem o produto nem tinha noção que por conta da fartura não havia mercado.
Arranjou um balaio grande e foi até uma grota que tinha atrás da casa de Raimundo Gibão, onde encheu o balaio catando maxixe apenas numa rama do pé.
Saiu na rua a procura da venda e a primeira casa que visitou foi a de João Teixeira. Bateu palmas, João Teixeira saiu e quando viu Antônio muito suado na sua porta falou:
- Ou Antônio tu quer ir ali no meu quintal, catar uns maxixes para fazer um cozido pra tu?
A segunda casa, que também foi a última, foi a de Chico Francisco.
Chico também querendo se ver livre do incômodo vendedor disse:
- Quero não Antônio! Eu vi falar que tu só vende maxixe verde.
- O qui é isso Seu Chico? Eu sou um ome dereito. O Sinhor tá pensando qui eu sou quiném seu cunhado João André? Qui vindia manga mucha na Rajalegue?
Reprisado para meus amigos Lourival manga Murcha e Cândida Andrade
Mundim.
ResponderExcluirMorrendo de ri com a historia mesmo sendo uma reprise e conhecendo da primeira postagem.
Você não mexa com os Manga Murcha que aqui no Crato tem um, o Joaquim, que é cagado e cuspido o pai, pra chamar um de "fio de uma égua" é bem ligeirinho.
Mundim, de 1955 eu conheço uma historia do meu pai que agente bola de rir. Depois eu conto.
Joaquim e a esposa Marilac são meus amigos, eu já contei essa história pra eles.
ResponderExcluirFoi brincadeira Mundim. Vou enviar a Historia de Jose André. Contada por voce tenho certeza que ficará bem melhor.
ResponderExcluirBoa noite.
Saudades de João de André (vulgo Manga Murcha), dos domingos que papai nos levava para a Betânia, era o melhor passei do mundo, aprendi palavrão com ele.
ResponderExcluirEstou amando ler essas histórias.. pena q n tive o convívio com o irreverente, João Manga Mucha... mas sinto orgulho hje de ser sua nora,tbém, pelo homem histórico q ele representa... e q merecede uma homenagem pelo seus desafios perante a sociedade e até as autoridades!!
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