Janaína Pascoal, no Roda Viva, disse que apostou em Jair Bolsonaro para derrotar o PT:
“Não queria o Alckmin, porque não queria PSDB. Quando a gente desmascara o PT, desmascara o MDB e PSDB. Como vou apoiar um partido que na esteira dos crimes do PT aparece tudo que apareceu? Dentre aquelas pessoas nas quais eu vislumbrava potencial para seguir com o processo de depuração do país, talvez o Álvaro Dias, o próprio Amoedo.
Aí tem uma coisa que quem faz pesquisa acho que não faz: ouvir o povo. O único candidato que despertava paixão, amor, esperança, era o Bolsonaro. Eu precisava de alguém forte para derrotar o PT, não queria os partidos envolvidos nos casos de corrupção. Eu pensei: ‘preciso me unir a ele’.
Agora, nunca fui bolsonarista, discordo com ele em uma série de coisas, mas nós precisávamos escolher entre uma aposta que ainda está em curso e um grupo sabidamente envolvido com o crime organizado, com desvio de milhões, financiamento de ditaduras, plano para América Latina muito ruim. Então, tinha que escolher um caminho, talvez incerto, mas não podia trabalhar para ir por um caminho ruim .
Sou uma pessoa bem mais moderada. Acho que orgulho não cabe muito bem. Agora, que alternativa eu tinha? Uma senhora me escreveu: ‘votei no Bolsonaro, confiava em você, a culpa foi sua’. Aí respondi: compreendo que a senhora esteja indignada, também não concordo com tudo, agora, que alternativa eu tinha? Se a eleição fosse hoje, votava nele de novo com tudo que está aí. Agora, ou ele melhora, ou nós teremos que construir uma alternativa.”
Janaína Paschoal, no Roda Viva, foi perguntada se há risco de Jair Bolsonaro não concluir seu mandato.
Ela respondeu:
“Acho que há. Não pela prática de crimes, acredito no presidente, mas ele se circulou de pessoas que acho que não o aconselham bem. Tem bons ministros, o governo está indo bem, conseguimos a reforma da Previdência, que era um sonho. Será entregue a reforma administrativa… Mas ele já não é querido pelos formadores de opinião. Ele ainda tem muita gente no povo que apoia, gosta dele, eu mesma gosto dele, mas as pessoas se cansam. Têm situações que ele cria conflitos onde flagrantemente não precisa. Então, você une uma pessoa que cria esses conflitos. Na verdade, não é só ele coitado, mas a família. Vai gerando animosidades.
Você têm os formadores de opinião que, na maioria, já não gostavam (dele) desde o princípio. Isso vai formando um caldo de cultura muito negativo. Tem que ter muita sorte. Ele tem sorte, sobreviveu a um atentado, foi eleito sem recurso. Mas eu gostaria que eles todos colocassem a mão na consciência e se esforçassem. Entendessem o tamanho do papel que eles têm. O presidente não é mais um deputado temático, é um presidente da República. O filho ainda é deputado, tem direito aos seus pensamentos, a sua manifestação? Tem. Porém, tem que compreender que não é ouvido mais apenas como deputado, mas como alguém que representa o governo, não de maneira institucional, mas é assim que as pessoas o ouvem. Eu fico preocupada, falam em reeleição, reeleição….Gente, estamos no primeiro ano de mandato e o tamanho das encrencas, é uma quantidade de conflitos que é para final de governo.”
Eu não votaria. E, acho que muita gente também.
ResponderExcluirEu,ainda, votaria.
ResponderExcluirDiante dos candidatos, não tenho dúvidas que votaria no Bolsonaro. (O outro era o Haddad).
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