José viveu em Nazareth, na Galileia. Seu ofício era de carpinteiro.
Chegando o tempo de casar-se, encontrou uma jovem, bela, órfã de Joaquim
e Ana, chamada Maria. Os dois, com as bênçãos de familiares e de Deus,
decidiram formar sua família, ficando noivos. Naqueles dias, Maria
estava rezando, em seu quarto, quando tudo ficou muito iluminado. Era um
Anjo e lhe trazia uma mensagem que mudaria sua vida, o mundo. Ela seria
a mãe do Salvador, Filho do Altíssimo Deus. Ainda hoje a saudamos com
as palavras do Anjo, “Ave Maria!”. Ela explicou que não “conhecia”
nenhum homem e o Anjo a acalmou: “o Espírito Santo virá sobre Ti”. Assim
se deu. Ela foi cuidar de sua prima Isabel, casada com o sacerdote do
Templo Zacarias, que, conforme a revelação do Anjo, também esperava um
filho.
E José, como ficou José?
Estive na Igreja construída sobre sua carpintaria, em Nazaré, na Terra
Santa, e foi difícil controlar a emoção. Os Evangelhos se referem a São
José, aclamando-o “homem justo” (Mt 1,19), escolhido por Deus para ser o
pai amoroso de seu Filho Jesus (Lc 2,27.33.41.43 e 48), ao casar-se com
Maria (Mt 1,24; Lc 1,27). Ele pertencia à estirpe de David (Mt 1,20; Lc
1,27), razão pela qual se deslocou com Maria Santíssima a Belém para
comparecer a um censo e ali, num estábulo, nasceu o Salvador, Filho de
Deus, Jesus. José passou pela provação da gravidez de Maria de quem ele
era noivo, mas, não era o pai do filho dela. Sem saber do que se
tratava, conforme o costume de então, José, “sendo justo” e não a
querendo infamar, resolveu deixar Maria. Mas, eis que lhe apareceu, em
sonho, um Anjo, dizendo: José, “filho de Davi”, não temas receber Maria,
tua mulher, porque “o que nela foi gerado é do Espírito Santo”. Ela
dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o
seu povo dos pecados deles. Despertado José do sono, fez como lhe
ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher, com todo amor e
respeito, respeito que perdurou por toda a sua vida.
São José é o Patrono Universal da Igreja e Padroeiro do Ceará. No
calendário cívico estadual, – 19 de março –, é feriado, em sua
homenagem. Antiga é a tradição do povo cearense rogar ao seu Padroeiro
pedindo chuvas. Se diz que o inverno é confirmado se chover até o dia de
São José. Cientificamente, nas proximidades do dia do Santo, ocorre o
equinócio que marca o início do outono e que sempre traz chuvas sobre a
terra. Poeticamente diríamos que somos um povo que vive olhando para o
céu. Este ano, o inverno já está confirmado e rendemos graças!
A São José, nosso amor e gratidão!
(*) José Luís Lira é
advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do
Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito
Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina)
e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É
Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte
livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais
brasileiras.
Prezado Amigo Armando Rafael - A prece é a escada de Jacó, por ela sobem aos céus as nossas agonias, aflições e sofrimentos. Por ela descem a graça, a bênção e a redenção de Deus. São José e Nossa Senhora são os degraus para se chegar a Jesus cristo.
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