Verso e anverso da Ordem do Cruzeiro, à época da Monarquia
No
dia 1° de dezembro de 1822, data da aclamação do Imperador Dom Pedro I,
o herói da nossa independência criou a primeira Ordem Brasileira.
Tratava-se da Imperial Ordem do Cruzeiro.
O
desenho dessa ordem foi inspirado em modelo francês, mas seu nome e
suas características foram baseados na posição Austral do Cruzeiro do
Sul uma constelação que só pode ser avistada no nosso hemisfério.
Seu
designer é: "Estrela branca de cinco pontas bifurcadas e maçanetadas,
assentada sobre guirlanda de ramos de café e fumo, pendente de coroa
imperial. Ao centro, medalhão redondo azul-celeste, com cruz latina
formada por dezenove estrelas brancas (representando as 19 Províncias
brasileiras, circundado por orla azul-ferrete com a legenda "Benemeritium Praemium". Reverso – Igual ao anverso, com alteração no medalhão para a efígie de D. Pedro I, e na legenda para "Petrus I – Brasiliae Imperator D". Fita e banda azul-celeste. Graus: Cavaleiro, Oficial, Dignitário e Grã-Cruz."
Essa ordem era outorgada a brasileiros e estrangeiros e sua maior
distribuição ocorreu no dia da Coroação e Sagração de D. Pedro I. Aos
condecorados não eram cobradas taxas, exceto o feitio da insígnia e o
registro dos diplomas. Ficavam, porém, obrigados a dar uma joia
qualquer, os agraciados ao seu arbítrio, para dotação de uma Caixa de
Piedade, destinada à manutenção dos membros pobres da Ordem ou dos que,
por casos fortuitos ou desgraças, caíssem em pobreza.
No Golpe Militar que implantou a República no Brasil, a 15 de novembro
de 1889, essa Ordem foi extinta pela Constituição de 1891, a primeira de
uma série de 6 constituições republicanas. Mas, depois, foi
restabelecida – pelo Decreto 22.165, de 5 de dezembro de 1932, pelo
presidente Getúlio Vargas, com uma nova denominação a "Ordem Nacional do
Cruzeiro do Sul".
(Publicado originalmente no Face book Império dos Trópicos)
"Coisas da República": Comenda foi desmoralizada em 1961
No
decorrer da tumultuada vida republicana brasileira, em 1961, o então
Presidente da República, Jânio Quadros, resolveu condecorar, com a Ordem do Cruzeiro do Sul, o ministro e guerrilheiro cubano "Che" Guevara, que visitava o Brasil, Pisou na bola!
Houve protestos contra essa concessão,em todos os setores da vida
nacional, principalmente na imprensa. Para piorar, não havia estoque da
comenda, no Palácio da Alvorada. E Jânio Quadros pediu emprestada uma
comenda já concedida anteriormente, a outro agraciado, com a promessa
de entregar-lhe uma nova, tão logo tivesse outro exemplar disponível.
Por isso, o sanguinário "Che" Guevara levou uma Ordem do Cruzeiro do Sul de segunda mão.
O agraciado -- o que emprestou sua comenda -- nunca mais recebeu outra.
Jânio renunciou à Presidência, dias depois de condecorar "Che", após
tomar um porre homérico, como era costume dele...
Presidente Jânio Quadros condecorou o guerrilheiro
cubano com a maior comenda brasileira.
Até Jânio Quadros entrou nessa. Tempos de republica, tempos dos iguais. Pelo poder são capazes de todas as asneiras magináveis e imagináveis. Aventureiros contumazes. Triste vergonha.
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