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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 2 de março de 2020

Rápido balanço sobre os 61 anos da ditadura cubana – por Armando Lopes Rafael



   Desde 1959 – há 61 anos – prevalece na “ilha-prisão” de Cuba um regime comunista de partido único, controlando toda a vida daquela nação, a começar pela comunicação social. Televisões, rádios e imprensa são propriedade do Estado. Acesso à Internet só com autorização do governo. E, mesmo assim, a Internet vive sob censura. O e-mail não é utilizado porque, segundo afirmam, também é controlado pelas autoridades oficiais.
     As estimativas variam, mas os números mais sensatos dizem que mais de 17.000 pessoas foram fuziladas, pela ditadura da Família Castro, no “paredón” desde o início da ditadura comunista cubana.  Quem pôde fugiu. Há cerca de 2 milhões de exilados – um em cada seis cubanos vive no exterior, uma proporção de exilados maior que a existente na Venezuela e na Síria, para citar dois casos recentes. Mas não só. 178.000 cubanos – homens, mulheres e crianças – morreram em alto mar tentando fugir para os Estados Unidos.

      Os que não puderam fugir da ilha-cárcere sobrevivem com alimentos racionados. E não venha alegar que houve algumas “conquistas” (nas áreas da educação e saúde) na ditadura cubana. A Costa Rica desfruta uma posição melhor que a de Cuba no IDH, sem ter para isso abolido as eleições livres, fuzilado milhares de cidadãos, prendido opositores ou impedido os cidadãos costa-riquenhos de viajar para o exterior.

     A Comissão dos Direitos Humanos aprovou, diversas vezes, resoluções onde condena Cuba pela limitação de alguns direitos como a liberdade de expressão, associação, reunião ou de movimento. A ONU pediu, reiteradamente, a Cuba a libertação de pessoas detidas com base nesse tipo de acusações. As Nações Unidas pressionam o governo cubano para que leve a cabo reformas legais que coloquem as leis em conformidade com as normas internacionais dos direitos humanos.  Mas a ditadura da ilha-presídio nega sistematicamente aos seus cidadãos direitos básicos de liberdade de expressão, associação, reunião ou de movimento.

        As autoridades cubanas restringem qualquer tipo de discordância política, e usa avisos policiais, vigilância, detenções, prisão domiciliária e demissões por motivos políticos como métodos para reforçar a conformidade política. A defesa dos direitos humanos é reconhecida como uma atividade legítima, mas a ditadura dos Castro interpreta-a como uma “traição” à soberania cubana.

Um comentário:

  1. Por trás de cada povo pobre, sem nenhum beneficio do poder público e faminto existe um ditador tirano, corrupto e seboso. É assim em Cuba, Venezuela, muitos países da África e outros assimilados. Por muito pouco o Brasil não se transformou um deles, mas o estrago foi tão grande que a recuperação será difícil e penosa.

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