Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 9 de agosto de 2018

SAUDADES DOS CRAQUES - Por Wilton Bezerra. Comentarista da TV Diário e Rádio Verdes Mares.


Craques, o Brasil já teve um punhado deles espalhados pelos clubes.
Mas, isso já faz um tempão.
Hoje, quando pinta um, com aquele jeitão de quem sabe mais do que outros, os grandes clubes do exterior tascam rápido.
Não basta habilidade para ser considerado craque.
Por sinal, a palavra anda meio banalizada, pelo uso indevido no julgamento apressado de jogadores que são apenas bons valores.
O jogador habilidoso é aquele que dribla no espaço curto e consegue se livrar das mais duras marcações.
Não é, necessariamente, o que faz pirotecnias com a bola.
Além disso, quando se trata do craque, vêm a técnica, a criatividade e a capacidade de antever as jogadas.
Por isso, se diz: o jogador vê, o craque antevê.
A completar o pacote de atribuições obrigatórias, o craque tem que ter o talento dos escolhidos pelos deuses do futebol.
Esse preâmbulo todo é para falar de uma despedida gradativa que o Fortaleza programou para Clodoaldo, o último craque do nosso futebol.
Digo do nosso futebol porque ele só brilhou nesse microcosmo alencarino.
Quando saiu, não se adaptou e voltou correndo
Atleta mesmo, nunca fez questão de ser.
Foi jogador de futebol e isso sempre lhe bastou.
Chegado a festas, danças e “comemorações”, dissipou a sua condição física cedo.
E daí?
Foi a maneira de viver que ele escolheu.
O que as pessoas têm a ver com o fato de Clodoaldo não ter consolidado um patrimônio, e viver no aperto?
Ouço palavras carregadas de ódio e hipocrisia, com esculachos em cima da ideia do Tricolor.
Quem acompanha as apresentações de Clodoaldo em alguns lugares para onde é convidado, garante que, com a bola, o último ídolo cearense ainda faz misérias.
O futebol que precisa de ídolos, também, é feito de afetos.

Um comentário:

  1. Carece que apareça no Brasil, com urgência, craques como no passado. " da Bola, do caráter, da moral e, nada de moleques e pilantras que acham que dinheiro é tudo.

    ResponderExcluir