O itinerário dos técnicos de futebol é o seguinte: treinador de base, auxiliar técnico, interino, emergente e treinador de time titular.
Dizem até, que, diante do papel de culpado que este profissional desempenha à frente dos clubes brasileiros, todo treinador é interino.
Agora, criaram o a figura do "treinador de raiz".
Eu conhecia no ambiente musical o artista de raiz, criador e defensor das obras fundadoras, originais, autênticas. Da arte de seu lugar.
Por uma crônica de Antero Greco sobre a volta de Luiz Felipe Scolari ao Palmeiras, no Estadão, pude colher uma definição do que vem a ser um treinador de raiz : aquele que dá bronca em jogador, em juiz e bandeirinha, e até instrui gandulas a jogar segunda bola dentro de campo para interromper o jogo, se necessário.
Acima de tudo, o "raiz" é aquele que inflama elencos, extrai deles o máximo.
Contrastam com os professores contidos, muitas vezes, engravatados, com aura intelectual, de linguagem empolada.
Enfim, para não tornar a definição mais longa, o treinador de raiz é um sujeito sem frescura.
Com muita má vontade, há quem acrescente ao estereótipo, um jeito meio bronco e simplório.
Só faltam dizer que ele está de volta da roça.
No caso do Felipão, inclusive, destacam a contratação pelo Palmeiras como sendo a de um profissional da terceira idade.
Isto é, enfatizam mais a faixa etária do que a competência.
Uma considerável parcela dos gestores dos clubes parece concordar com uma reflexão no sentido de que a nova geração de treinadores não se firmou.
Outro treinador de raiz pode estar voltando às atividades.
O Sport de Recife estaria contratando Dunga.
Haja raiz.
Voltaremos ao assunto.
O mito Felipão era um misto de arrogância e prepotência. Maneirou um pouco depois do sétimo gol da Alemanha. Se recolheu no vestiário.
ResponderExcluirO Tite estava no mesmo caminho, a Bélgica foi bem mais branda.