É a Comissão de Direitos Humanos da ONU que está mandando
Há apenas duas coisas realmente sem limites nesta vida, dizia Albert Einstein. Uma é o universo. A outra é a estupidez humana – embora ele fizesse a ressalva de que tinha lá as suas dúvidas quanto ao universo. O Brasil de hoje bem que pode estar oferecendo uma terceira certeza: não existe nenhuma fronteira, também, no grau de cretinice dos esforços que estão sendo feitos para transferir o ex-presidente Lula da cadeia para a presidência da República. O último surto é talvez o mais prodigioso de todos: a pedido da equipe de advogados que conseguiu, até agora, conduzir seu cliente à uma pena de doze anos de cadeia, uma Comissão de Direitos Humanos da ONU mandou o Brasil soltar Lula.
Isso mesmo: mandou soltar, porque acha que ele tem o direito humano de disputar a eleição de outubro, e naturalmente não pode fazer isso, e menos ainda exercer a Presidência do país, se estiver no xadrez. É uma das maiores piadas já contadas na história universal do direito, mas até aí tudo bem – vivemos mesmo numa época cada vez mais esquisita. O extraordinário é que um despropósito como esse consiga ser levado a sério, durante horas a fio, por um monte de gente – a começar, acredite-se ou não, pelos “especialistas” em dilemas jurídicos internacionais. Pode um negócio desses? No Brasil pode.
A Comissão de Direitos Humanos da ONU tem tanta possibilidade de soltar Lula quanto a diretoria de um Rotary Club do interior do Maranhão. Seu poder legal é zero. Não lhe cabe dar ordens a governos dos países-membros. A comissão não pode impor sanções a ninguém, nem convocar uma tropa internacional para intervir em lugar nenhum. Não tem a menor relevância, também, do ponto de vista moral. Como poderia ter, se vem se recusando sistematicamente a fazer qualquer crítica a governos celerados como os da Venezuela ou Nicarágua, ditaduras que cometem assassinatos, torturas e outros crimes? Como são países de “esquerda”, o comitê da ONU não dá um pio, com o argumento de que tem de respeitar a sua soberania e que as violações de direitos humanos ocorridas ali são “questões internas”. Na verdade, o que há realmente de concreto a dizer sobre essa comissão é o seguinte: trata-se de uma boquinha clássica, onde parasitas variados vivem como esquerdistas profissionais, sem produzir um prego e com salários de 4.000 a 11.000 dólares por mes.
O despacho que ordena a soltura de Lula é um pequeno monumento à capacidade humana de socar disparates num pedaço de papel. Diz, para não encompridar o assunto, que não foi verificada até agora “nenhuma violação” de um direito de Lula ao longo do processo que o levou à condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas até que chegue a seu parecer final, algo previsto para acontecer só em 2019, é possível que venha a acontecer alguma injustiça contra o ex-presidente. Nesse caso, ele precisa ser solto já, porque a eleição está aí – e o homem não pode ficar sujeito ao risco de sofrer um “prejuízo irreparável”.
O efeito de tudo isso, naturalmente, é nulo. Mas e daí? O que importa para Lula, o PT e o seu sistema de apoio, é tumultuar o máximo possível as eleições para dizer, depois, que o resultado não vale. Poderiam festejar, do mesmo jeito, o manifesto lançado no mesmo dia por outro presidiário cinco estrelas, o ex-deputado Eduardo Cunha. Do fundo de sua cela em Curitiba, Cunha, denunciado pela esquerda brasileira como o maior larápio da história desde que Ali Baba encontrou a caverna dos 40 ladrões, declarou-se inteiramente a favor da soltura de Lula e do seu “direito” de concorrer à presidência. Grande companheiro, esse Cunha.
(*) José Roberto Guzzo é jornalista.
ResponderExcluirIronicamente, a decisão da ONU foi divulgada no mesmo dia em que Eduardo Cunha publicou na internet uma “carta à nação.” Nela, o gangster do MDB diz ser “vítima de perseguição”, queixa-se de ter sido “condenado sem provas” e lamenta não poder disputar as eleições de 2018. Por uma questão de isonomia, o comitê da ONU deveria considerar a hipótese de pedir respeito aos direitos políticos de Cunha.
A defesa de Lula sustenta que a decisão da ONU tem o peso de uma ordem. É lorota. Trata-se de uma recomendação. Que precisa ser respondida pelo TSE, impondo ao ex-presidemnte ficha-suja os rigores da Lei da Ficha Limpa. Qualquer providência diferente acomodaria sobre o mapa do Brasil a carapuça de República de Bananas. Com selo de qualidade da ONU.
A pá de cal na interferência externa – nos nossos assuntos internos – veio com a declaração do Deputado Jair Bolsonaro ( líder nas pesquisas para a Presidência da República, quando o presidiário Lula da Silva não entra nas opções (nem pode entrar pois é Ficha Suja, preso por condenação em duas instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro) afirmou – com a credibilidade que possui – “se eu for eleito presidente, o Brasil se retirará desse Conselho de Direitos Humanos da ONU, que só defende comunistas”. Valeu, Bolsonaro.
ResponderExcluirEm síntese: a interferência de um “Conselho” da ONU não tem nenhum efeito jurídico. Se tivesse, Cuba e Venezuela já teriam libertado seus presos políticos (e veja que Lula sequer é preso político. Ele é um “político preso” por corrupção). Até os EUA, uma democracia plena, passam por cima dessas decisões do da esquerda troglodita da ONU. E o Presidente Trump já ameaçou de deixar de repassar recursos para o tal conselho.
ResponderExcluirOra, se a ONU mandasse nos assuntos internos do Brasil, só nos restaria um caminho: renúncia da cidadania brasileira. A ONU, por acaso, manda em Israel, nos Estados Unidos, na China ou até mesmo em Cuba? Na verdade, a ONU tornou-se uma vergonha Universal, uma grande farsa, pois nem é capaz de resolver o problema dos refugiados, muito menos a matança na guerra civil (já internacionalizada) que ocorre há anos na Síria! Em outros termos, nossa Legislação e/ou nosso Judiciário devem se submeter às outras Nações? Isso é mais uma farsa da traiçoeira e mentirosa ação da esquerda internacionalista!
ResponderExcluir“Se eu for presidente eu saio (do Conselho de Direitos Humanos) da ONU. Não serve pra nada essa instituição. […] Sim, saio fora. É um local de reunião de comunistas e gente que não tem qualquer compromisso com a América do Sul pelo menos”. (JAIR BOLSONARO, candidato do PLS a presidente da República)
ResponderExcluirO que o Jair Bolsonaro promete fazer é exatamente o que já fez o Donald Trump. Lula mandou muito dinheiro para Onu e para essas republiquetas de meia tigela e sob sua influência colocou muita gente desqualificada e ordinária nos comandos. Lula previa que por conta de sua vida criminosa um dia ia precisar.
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