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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 8 de outubro de 2016

Na "VEJA' desta semana

Brasil faz, nas urnas, sua maior curva à direita
 Reportagem de VEJA analisa o fenômeno - e explica quem são os políticos que compõem a nova direita do país
Da votação do dia 2 de outubro emergiu um Brasil à direita – e que impôs ao Partido dos Trabalhadores a maior derrota de sua história. Em sua reportagem de capa, a edição de VEJA desta semana analisa os fatores que contribuíram não apenas para a derrocada petista, mas para que o país saísse destas eleições mais conservador. O fenômeno, que tem na figura de João Doria (PSDB), eleito prefeito em São Paulo no primeiro turno, seu mais bem acabado exemplo não se explica apenas pela força do antipetismo. Soma-se a ela o peso da crise financeira sobre o eleitorado. E o triunfo, ainda lento e gradual, da antipolítica.
Como definiu Mauro Paulino, diretor do Datafolha: “Independentemente de renda ou escolaridade, as pesquisas mostraram que o eleitor buscou um político com perfil de alguém que pudesse pôr sua vida nos trilhos. Por isso, o discurso de gestor do Doria colou tanto”. A direita que saiu vencedora já não é mais a dos antigos coronéis. Do pastor evangélico ao empresário bem sucedido, VEJA elenca os tipos que hoje integram esse grupo político. E analisa o impacto dessa virada nas eleições de 2018 – que dependerá, sobretudo, do comportamento do PSDB, maior vencedor deste pleito. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirma não temer uma disputa com Aécio Neves pela indicação do candidato tucano à Presidência da República. “Prévia ninguém controla”, diz em entrevista a VEJA.

“Herança” da “Presidenta”: Por Chávez, Dilma tentou “comprar” Congresso do Paraguai
Documento do Itamaraty mostra que a ex-presidente triplicou o valor que o Brasil paga pela energia do Paraguai apenas para colocar a Venezuela no Mercosul
Por Leonardo Coutinho 
 O então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, durante visita à presidente Dilma Rousseff, em 2011 (Roberto Stuckert Filho/PR)
Quando recebeu a primeira visita do presidente venezuelano Hugo Chávez, em junho de 2011, a recém-empossada Dilma Rousseff fez uma revelação chocante. Logo no primeiro minuto da conversa, a presidente do Brasil fez um relato de como o seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva e ela própria estavam trabalhando para colocar a Venezuela dentro do bloco do Mercosul. VEJA teve acesso a um telegrama diplomático enviado de Brasília para a Embaixada brasileira em Caracas no qual há uma transcrição do diálogo entre Dilma e Chávez registrado no dia 6 de junho de 2011. O documento foi classificado como “secreto” e só poderia ser disponibilizado ao público em 2026.
Segundo o documento, cuja autenticidade foi checada por VEJA, Dilma afirma que enquanto Lula atuava na diplomacia paralela, o governo tomava medidas concretas para convencer o Congresso paraguaio a aprovar o ingresso da Venezuela no bloco (veja trechos abaixo). Dilma chega a dizer que um decreto legislativo aprovado pelo Senado brasileiro três semanas antes do diálogo fazia parte da estratégia de pressão sobre os paraguaios.
Trecho de diálogo entre a presidente Dilma Rousseff e Hugo Chávez, em documento do Itamaraty enviado para Embaixada do Brasil, em Caracas (ARTE VEJA/Por Chávez, Dilma tentou "comprar" Congresso do Paraguai)
Em maio de 2011, o Senado alterou o indicador para o cálculo do pagamento pela energia que o Paraguai vende para o Brasil, triplicando o valor. Foi o que Dilma chamou de “troca de notas”. A relatora do projeto foi a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) que classificou como “justa” e estratégica a medida que fez subir de 120 milhões de dólares para 360 milhões de dólares o custo da aquisição do excedente paraguaio de energia.
             

3 comentários:

  1. Os jornais noticiam que o embaixador brasileiro voltará a La Paz na segunda-feira e que o seu colega boliviano reassumiu ontem o seu posto em Brasília.

    Evo Morales percebeu rapidamente que Lula e Dilma já não contam nada.

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  2. Na minha modesta visão, não foi a “direita” quem impôs a acachapante derrota ao PT na eleição de domingo passado. Tampouco foi o PSDB ou as lideranças deste partido político, sejam lideranças antigas (Alckmin, Aécio, Serra) ou as novas (João Dória, e outras).
    Quem derrotou o PT foi a sociedade brasileira, que não aguentava mais a corrupção, as mentiras, as imoralidades, os desmandos, os desacatos e o descumprimento às leis e à Constituição.

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  3. Morais:
    com relação ao seu comentário sobre o "cocaleiro" Evo Morales, o tiranete da Bolívia, li no "Estadão", edição deste sábado, uma nota do Sr. José Soares,
    da qual destaco o texto abaixo:

    "Com todo respeito ao povo do Estado do Acre, mas, após terem eleito um prefeito lulo-petista em sua capital (o único dentre todas as capitais do País), provavelmente os ossos do Barão do Rio Branco ( O Chanceler do Brasil que negociou a compra do Acre, cujo pagamento incluiu um cavalo de raça inglês para o tiranete boliviano de plantão)repito, os osso do Barão devem estar tremendo na terra.

    Deveríamos devolver o nosso pequenino Estado (hoje feudo dos Vianja) aos amigos bolivianos. E o grande amigo de Lula, Evo Morales, que falou que no Brasil ocorreu um golpe, nos devolveria o cavalo.
    Como aquele potro de raça inglesa já morreu, pode ser qualquer pangaré. E podem eles ficar com as libras esterlinas pagas além da indenização, já que não concluímos a ferrovia prometida no Tratado de Petrópolis de 1903. Não se esquecendo, é claro, de devolverem aquela pequena parte de Mato Grosso com que ficaram no troco.

    Jose R. de M. Soares
    E-mail: joserubens@jrmacedoadv.com.br

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