Presidente
reiterou, porém, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, que 'é
inadmissível' culpar o vice da chapa por erros cometidos por quem
concorria às eleições de 2014
Fonte: Marcio Dolzan, O Estado de S.Paulo
RIO
- O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira, 13, que, caso a
chapa em que concorreu como vice de Dilma Rousseff em 2014 seja cassada
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele aceitará a decisão. Mas
reiterou que "é inadmissível" culpar o vice da chapa por erros cometidos
por quem concorria à Presidência. As declarações foram dadas em
entrevista ao programa Miriam Leitão, da GloboNews.
O presidente Michel Temer concede entrevista à jornalista Miriam Leitão, da GloboNews (Foto: Marcos Corrêa| Divulgação)
"Eu
tenho sustentado que, analisando a Constituição, são diferentes a
figura do presidente da República e a do vice-presidente. No
presidencialismo, a única razão da figura do vice-presidente é que se
houver algum problema constitucional, o vice assume", comentou.
"Essa
questão de responsabilizar o vice responsabilizando o presidente é mais
ou menos como o sujeito que atropela alguém, o condutor é condenado,
mas como eu estava sentado ao lado eu vou ser condenado também. É
inadmissível", afirmou. Temer, contudo, disse que irá respeitar a
decisão judicial. "Se decorridos todos os recursos processuais que serão
cabíveis e o Judiciário decidir que a chapa deva ser cassada, você sabe
que eu prezo pela reconstitucionalização do País. Eu jamais me
insurgiria contra uma decisão definitiva do Poder Judiciário."
O
presidente também voltou a afirmar que não será candidato em 2018. "Pela
centésima vez: eu não sou. Nestes meus dois anos e três meses eu quero
colocar o País nos trilhos", disse. "Não me incomodo com popularidade."
Temer
também se defendeu das citações ao seu nome na Operação Lava Jato. "O
senador Delcídio Amaral disse uma coisa lá - a acusação é essa -, que eu
patrocinei a nomeação de um diretor da Petrobras há não sei quantos
anos. Vou esclarecer novamente: eu era presidente do partido, e um
deputado da bancada me trouxe o nome de um dos diretores da Petrobras,
que me apresentaram. Foi a ocasião que eu cruzei com ele e apresentei o
nome", disse.
"Uma outra menção, feita por um ex-diretor, acho que
ex-presidente da Transpetro, disse que eu me encontrei com ele numa
salinha reservada lá na base aérea, e subterraneamente pedi uma
contribuição para um candidato a prefeito em São Paulo. Primeiro, não
tem essa salinha no aeroporto. Segundo que me encontrei com ele muitas
vezes no Jaburu, na vice-presidência, não precisava me esconder.
Terceiro ponto, convenhamos que, a essa altura, eu acho que tenho
prestígio suficiente para não precisar dele, que é um sujeito
secundário, para pleitear alguma contribuição."
Se for que na minha opinião deve, o Brasil se livra de mais um politico manhoso e esperto. O PT torce para o Temer não ser bem sucedido, se não for a boiada partirá noutra direção, menos o PT.
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