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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 8 de maio de 2020

Pressão de Bolsonaro é ostensiva e indevida - Por Merval Pereira


O presidente Jair Bolsonaro não pode aumentar a pressão para o fim do isolamento justamente no momento em que o país entra na hora mais crítica da epidemia. Ir pessoalmente, a pé, ao STF, ao lado de empresários e do ministro da Economia é fazer uma pressão indevida em cima do ministro Dias Toffoli. 
Evidentemente, não foi uma visita de cortesia, como disse Paulo Guedes, mas sim para impedir que estados façam lockdown e apertem as barreiras, como muitos começam a pensar em fazer, pois as mortes estão aumentando. 
Guedes e Bolsonaro querem que o STF mude de posição e dê poder ao governo federal para determinar a abertura imediata.
A resposta de Toffoli foi imediata e correta, colocando a coisa em seu devido lugar, ao afirmar que a Constituição garante a competência de estados e municípios na matéria. Claro que não deve ter gostado da visita de Bolsonaro, ostensiva e indevida. 
O comitê de crise sugerido por ele poderia estar funcionando há muito tempo, se o presidente não fosse tão autoritário.

Um comentário:

  1. O presidente Bolsonaro atravessou a Praça e foi pressionar ministro de outro puder o STF. Alguém pode imaginar que ele não pressionou um ministro do puder que governa? Mas, essa pressão indevida é fruto da liberdade e do pacto firmado com o presidente do STF que suspendeu investigação do filho e amigo do presidente. Portanto uma pressão concedida pelo presidente Dias Toffolli.

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