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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 9 de maio de 2020

Direto ao assunto - Por José Newmanne Pinto.


Reações a autogolpe são pífias.

Dois comícios golpistas, indiferença sobre agressões a manifestantes contra e jornalistas trabalhando e invasão imprópria do gabinete do presidente do STF são evidências de que o presidente Jair Bolsonaro pretende dar um autogolpe. 
Instituições ameaçadas de intervenção nelas por bolsonaristas, contudo, não têm enfrentado reações capazes de detê-las do Congresso ou do Judiciário.

Bolsonaro desafia democracia.

Ao aderir a dois atos exigindo “intervenção militar com Bolsonaro”, com Ato 5 para fechar Congresso e STF, e não condenar agressões a profissionais de saúde em protesto silencioso e jornalistas que faziam no exercício da profissão, o presidente Jair Bolsonaro dirimiu dúvidas de que se dispõe a, no mínimo, limitar o exercício da autonomia garantida pela Constituição de instituições. que podem impor limites ao poder presidencial. 

Ao liderar a marcha sobre o STF para pressionar seu amigo Dias Toffoli a ceder a seu capricho contra isolamento social para conter velocidade do contágio da covid-19 num momento crítico de aumento de número de casos e de óbitos, avançou além de qualquer limite sem que nenhum dos ditos guardiões do Estado de Direito tenha impedido sua invasão, como disse que faria o desembargador Walter Maierovitch a respeito da inércia covarde desses frouxos.

A insensata marcha midiática.

Caravana para STF na quinta-feira 7 lembra  marchas em que Mao assumiu o comando dos comunistas e começou a tomar o poder na China e Mussolini instalou a ditadura fascista na Itália. 

Tudo foi uma encenação midiática, transmitida ao vivo por redes sociais e baseada em mentiras, tais como a de que as associações de empresários presentes representavam 45% do PIB e a indústria estava se recuperando antes da pandemia. 

É verdade que piorou muito, mas antes nada tinha melhorado. Nela, empresários e Bolsonaro não se referiram à pandemia que tinha chegado na ocasião a 9 mil mortes no País, repetindo a tragédia da grande fome sob Stalin na URSS e dando a Toffoli, que teve seu gabinete invadido, chance de lhe passar um troco lembrando ao presidente que ele é quem deve comandar o País no combate à convid-19.

Um comentário:

  1. Um desastre. Nunca se viu tanta falta de cumprimento do dever das autoridades dos três poderes. Juntaram-se todos, não escapa ninguém, virou um samba do crioulo doido, um verdadeiro balaio de gato.

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