O
mês de maio é, para nós católicos, o mês de Maria. Maria de Nazareth,
se submeteu à vontade de Deus e aceitou ser a Mãe do Salvador, Jesus.
Era uma jovem, como dizem os historiadores e teólogos, de uns 16 anos. O
seu sim possibilitou que Deus se fizesse humano. Isso é grande demais
para mensurarmos. É quase imensurável, mas, sabemos que ela foi
concebida sem a mancha do pecado original. Foi, permaneceu e permanece
Imaculada. À Santíssima Virgem Maria toda homenagem é pouca. Aos pés da
Cruz, ao fazer João, o apóstolo amado, seu filho, Jesus Cristo a fez,
também, mãe de toda a humanidade. Analisando neste viés, podemos
observar o retrato da humanidade nos apóstolos de Jesus.
Todos com aquelas fragilidades, seguranças, certezas e incertezas que
nós possuímos. Mas, estamos falando em maio e o segundo domingo de maio é
o próximo e aqui no Brasil, celebramos o dia das Mães. Na minha família
a celebração é dupla, pois, o aniversário de meu pai é dia 9 e muitas
vezes coincide com o dia ou a véspera do dia das Mães. Sempre fazemos
uma comemoração conjunta. Por sorte vim para cá antes do decreto do
confinamento. Senão estaria longe deles e, talvez, como muitos filhos,
por conta dessa situação vivida não só no Brasil, mas, em todo o mundo.
Falar sobre as mães é fácil. Poetas já as louvaram, cantores usaram
suas melhores músicas. Carlos Drummond de Andrade escreveu “Para
Sempre”: “Por que Deus permite/ que as mães vão-se embora?/ Mãe não tem
limite,/ é tempo sem hora,/ luz que não apaga/ quando sopra o vento/ e
chuva desaba,/ veludo escondido/ na pele enrugada,/ água pura, ar puro,/
puro pensamento./ Morrer acontece/ com o que é breve e passa/ sem
deixar vestígio./ Mãe, na sua graça,/ é eternidade./ Por que Deus se
lembra/ - mistério profundo -/ de tirá-la um dia?/ Fosse eu Rei do
Mundo,/ baixava uma lei:/ Mãe não morre nunca,/ mãe ficará sempre/ junto
de seu filho/ e ele, velho embora,/ será pequenino/ feito grão de
milho”.
Nessas palavras, Drummond resume o sentimento dos filhos que amam suas
mães. E por que este ano está diferente? Ou até difícil? Esquecendo-me
de que no espanhol esquisito é quase elogio, este ano está esquisito.
Sempre no domingo das mães (e quase todo domingo é dia das mães), dia de
revê-la, de almoçar com ela, tomar um café, enfim..., manifestar seu
carinho. Sentir seu abraço, seu carinho, nós vamos ter que fazer tudo
isso à distância. Mas, mesmo essa distância, é prova de afeto e de
cuidado. Nossos pais e mães necessitam deste cuidado.
Felizmente estou em casa e posso parabenizar tanto ao meu pai, neste
sábado, quanto à minha mãe no domingo. Mas, se você está distante de sua
mãe e este ano não pode abraçá-la, ligue pra ela. Faça uma chamada de
vídeo. Ela ficará feliz. Diga que em coração está com e coração de mãe e
filho nunca se separam. Daqui envio um beijo a uma mãe que comemora seu
primeiro dia das mães, minha mana e comadre Elisiane Lira, e nela beijo
as mães de primeira viagem, mas, de amor tão antigo. Elas entendem!
A todas as mães, que se espelham em Maria Santíssima em seus vários
títulos, da alegria, das dores, da saúde, do divino amor, da ternura, do
bom conselho, da doce alegria, enfim... uma Mãe compreende outra mãe,
nosso abraço e carinho.
Feliz Dia das Mães!
(*) José Luís Lira
é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do
Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito
Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina)
e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É
Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte
livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais
brasileiras.
Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido, aquele que ela mais amava. E ela deixou entrever um sorriso e respondeu:
ResponderExcluir"Nada é mais volúvel que um coração de mãe". E, como mãe, lhe respondeu: o filho predileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma é...
O meu filho doente, até que sare
O que partiu, até que volte
O que está cansado, até que descanse
O que está com fome, até que se alimente
O que está com sede, até que beba
O que está estudando, até que aprenda
O que está nu, até que se vista
O que não trabalha, até que se empregue
O que namora, até que se case
O que casa, até que conviva
O que é pai, até que os crie
O que prometeu, até que cumpra
O que chora, até que cale.