Cidades que funcionam como sede do Poder são especialmente perversas. Brasília não poderia ser diferente. No momento, na bolsa informal de apostas que funciona na Esplanada dos Ministérios, o que está em jogo é o destino do ministro Paulo Guedes, da Economia, e da Secretária de Cultura, Regina Duarte.
Qual dos dois sairá primeiro do governo? Se dependesse dos seus familiares, Regina sequer teria entrado. Uma vez que entrou, já teria pedido demissão. Foi impedida de montar como queria sua equipe de trabalho. E a engolir a indicação de nomes que nunca pensou em ter por perto. Aguentará mais quanto tempo?
Prestigiado pelo presidente Jair Bolsonaro só para registro na mídia e nas redes sociais, Guedes enfrenta simultaneamente duas batalhas. Uma contra os ministros militares e seu ex-auxiliar Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, que querem muito dinheiro para investir em velhas e novas obras.
A segunda batalha de Guedes é contra o Centrão, o grupo mais fisiológico de partidos políticos que cobra caro pelo apoio que promete dar a Bolsonaro para que cumpra seu mandato até o fim. Guedes não sabe qual dos inimigos é mais perigoso. Talvez desconfie que mais perigoso é Bolsonaro.
Humilhada, com a cabeça a prêmio, Regina finge por enquanto que está tudo bem com ela. Não está. A ala ideológica do governo quer vê-la pelas costas. Dono de temperamento explosivo, Guedes não esconde a irritação. Na bolsa de apostas está dando Regina na cabeça.
Quanto tempo vai ser preciso para Regina Duarte reconhecer a bobagem que fez e continua fazendo.
ResponderExcluir