Os que possuem tudo não estão livres de um inferno de vida.
A ideia geral de que o dinheiro traz a felicidade é falsa.
Estou mais nas águas de Nizan Guanaes: "A felicidade é que traz o dinheiro".
Sei, que, a essa altura, estou sendo contestado pelos dinheiristas: "O vil metal deixa de ser vil quando ausente".
É hábito medir-se o valor humano pelo dinheiro.
Só que o vil metal, muitas vezes, não chega sozinho. Pode trazer, no seu "arcabouço", muitos problemas para a alma humana.
Não podemos fazer cara de paisagem para a degeneração mental causada pela tara do dinheiro.
"O que o dinheiro faz por nós é nada em comparação com o que a gente faz por ele". Millôr Fernandes. Coisas abomináveis, diga-se.
Isso tira a capacidade de avaliar muitas coisas importantes ao nosso redor.
A cegueira impede de se ver riqueza verdadeira que é o bem coletivo.
Me agrada demais a visão socrática sobre a riqueza: "Ser rico é não querer mais do que possuímos".
Pensem bem sobre essa dica, para que, depois, não venhamos pedir "anistia" para nossos equívocos.
Nos anos 70 e 80 eu sempre apadrinhava um seminarista no Seminário São José, em Crato. Apadrinhar era o termo dado a quem ajudava a mantê-lo. Um deles ao terminar o seminário precisava ir fazer filosofia no Piauí. Contou sua situação e conhecia a minha que não era nada boa, filho estudando em Fortaleza, outro em Campina Grande, outros em Crato. Eu lhe perguntei : Você quer ser professor ou padre? Professor você já é. Se quiser ser padre você vai porque dinheiro é coisa do diabo. Ele respondeu : É meu padrinho, mas o senhor quer ver o diabo fique sem dinheiro. O fato é que foi se ordenou e é um padre operoso, zeloso da doutrina cristã e disseminador da evangelização católica.
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