Joaquim André era muito brincalhão. Pra tudo tinha uma lorota, uma presepada. Amigo de todos, e, entre as qualidades atribuídas a ele, tinha a de ser rezador em animais doentes.
O povo acreditava, ele não se furtava de fazer a reza e muitas vezes, por coincidência, pela fé ou pela reza, os animais ficavam bons.
Certa feita, uma vaca de Vicente de Santiago adoeceu e Vicente mandou um portador pedir para Joaquim André rezar na vaquinha.
A vaquinha estava entanguida, com o mucumbu caído, sem comer, e, triste chorando dos olhos. Segundo o portador a barriga estava igual a uma cabaça de golo cheia d’água, quando a vaca andava a barriga fazia choc, choc, choc..
Como por um milagre, no outro dia, a vaca estava curada, boa danada, até dando mais leite que de costume. Vicente foi a casa do Joaquim André agradecer pela reza, e, Joaquim disse: meu sobrinho, que bom que sua vaquinha ficou boa, eu recebi o recado que você me mandou por Benedito de João de Martins, me esqueci, mas ia fazer a reza amanhã.
Dificil saber quem era maior: se a fé do dono da vaca ou a sinceridade do rezador.
ResponderExcluirMuito boa, Morais....
ResponderExcluirMas como você disse no bem contado causo, o que vale é a fé. Adorei...
Abraçoss
No mês de janeiro, não sei o ano, Vicente pediu a Cícero de inês, ir na casa de joaquim André, dessa vez para elerezar para uma porca. Cícero deu o recado, escutou muita prosa do tio, quando foi se despedir, Joaquim André disse: mas meu fio, tá cedo! Deixe prá você ir depois de noite de festa ( natal)
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