José Augusto de Lima Siebra, nascido em novembro de 1881, em Várzea Alegre, vivenciou seus grandes momentos poéticos na primeira metade do século XX. Oriundo de uma família de agricultores teve apenas instrução primária, mas, sendo um ávido leitor, ampliou seus conhecimentos e com isso suas possibilidades intelectuais.
Participou de movimentos políticos da cidade do Crato e do estado do Ceará, foi orador e poeta. O poeta foi pouco conhecido e quase nada restou dos seus manuscritos, mas pelo material que suas filhas conseguiram recuperar, dá para reconhecer seu mérito e a grandeza de seus poemas.
Nascem as águas de um chorar da serra
Cai no barranco em louca cachoeira
E sai andando, louca na carreira
Como quem segue num rumor de guerra.
Adiante o vale. Terra sem barreira.
As águas mansas vão banhando a terra
Quase parada a placidez encerra.
Flores boiando vão formando esteira.
Assim marchamos no albor da vida
Da mocidade água desprendida
Cantando os casos de prazeres tanto.
Vamos ao longo do correr dos anos
Ali paramos pelos desenganos
Sentindo o peso dos cabelos brancos.
Eu tenho uma coletânea de 20 poemas e sonetos do poeta José Augusto de Lima Siebra, filho do farmacêutico varzealegrense Raimundo Siebra Lima e irmão do conhecidíssimo Jorge Siebra entre outros. São perfeitos, admirável obra literária que me leva a qualificá-lo como o maior poeta de Várzea-Alegre de todos os tempos.
Prezados amigos.
ResponderExcluirNa minha singeleza não me capacito a comentar um poema de tão bela feitura e tamanha gradeza. Deixo com os poetas do Blog; Mundim do Vale, Savio Pinheiro, Israel Batista e Xico Bizerra e outros mais a responsabilidade de comentar.
Abraços a todos.
Morais,
ResponderExcluireu adoro esse Soneto, fico feliz com a postagem e a dedicatória que você fez a mim.
Abraços poéticos
stela
INCANDESCENTES
ResponderExcluirSoneto,
Só Neto.
Sou Neta de um astro
Sou estrela! Stela.