Em frente a casa do Sanharol tinha uma casinha de taipa que foi ocupada por Felipe e Antônia de Silvestre.
O casal tinha uma reca de filhos e uma delas de nome Rita era afilhada do José André. Um dia, Felipe adquiriu uma sanfona velha e decidiu aprender a tocar.
À noitinha, Felipe sentava-se na frente da casa e mandava brasa. Devido a proximidade das casas ninguém dormia com o fon-fon. Era fon quando abria e fon quando fechava a sanfona. E não saia desse tom ou seja do fon-fon.
Maurícia, irmã de Antônia veio passar uns dias na casa da irmã. Antônia se ocupava com os afazeres na cozinha enquanto Maurícia ficava apreciando o tocadão do Felipe.
Um dia, a sanfona silenciou, Antônia que já estava desconfiada, se aproximou como quem toma chegada pra matar passarinho e descobriu que Maurícia estava de sócia do marido.
Foi o maior fuá, cabo de bassoura pra todo lado, um verdadeiro cu de boi. Chamaram Zé André para apaziguar a guerra das irmãs.
Zé André, muito jeitoso e prudente, ouviu pacientemente as partes e deu o seu parecer: Comadre Antônia, se "afregele" não.
Compadre Felipe sabendo que não seria um bom acordeonista resolveu trocar de instrumento e treinar um pouco com o reco-reco de tua irmã.
Zé André, muito jeitoso e prudente, ouviu pacientemente as partes e deu o seu parecer: Comadre Antônia, se "afregele" não.
Compadre Felipe sabendo que não seria um bom acordeonista resolveu trocar de instrumento e treinar um pouco com o reco-reco de tua irmã.
Não houve jeito Maurícia teve que arribar do Sanharol na mesma noite.
João Pedro.
ResponderExcluirEm que arquivo voce está encontrando estes causos? Não importa onde seja. O importante é que foi verdade. A confusão foi grande, motivo pra intriga de irmãs.
Ei Vovô.
ResponderExcluirVovó Tonha disse que por conta da confusão Felipe foi deixar Mauricia na rua de São Vicente na mesma noite. Depois disso só Antonio Costa para desvendar o que pode ter acontecido na viagem.
Morais,
ResponderExcluirAcho que Antônio Costa era o delegado na época, com certeza ele soube do que houve no percurso até a rua São Vicente.
João Pedro,
Quando eu tinha 18 anos ganhei um violão mas só aprendi a tocar: "BOTEI MEU SAPATINHO NA JANELA DO QUINTAL" Só isso, até perceber que estava incomodando a vizinhança, encostei o violão.
Lembro desses personagens e do incrível estado de pobreza daquelas pessoas. Na época, eu muito criança, minha mãe me mabdou muitas vezes deixar trouxas de ropupas na casa de D. Maurícia prá ela lavar.
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