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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 15 de novembro de 2023

277 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais


Como curioso e observador da  memoria politica de minha terra, das tricas e futricas, escarafunchando o passado encontrei essa  historinha engraçada de 1966. 

A politica fervia. Era costume ouvir denuncias de troca de votos por dentadura, óculos e todo tipo de  objetos. 

Um dia,  no portão  do mercado  velho  um moço  pastorava um casuar de  óculos. As pessoas se achegavam  e começavam a escolher.  Era agradar e levar. Custo zero : o voto.

Manuel das Mangas, do Sitio Atoleiro, depois de ajustar uns dez óculos deu de garra de um e disse para o distribuidor :  Esse deu bom.  Colocou e saiu andando igual um burro cheio de argolas para aprender a marchar.

Entrando na bodega de Zé Augusto meteu a mão num saco de "gergilin", pegou um punhado e perguntou : Seu "Zé Ogusto" qual é o preço dessa fava?


2 comentários:

  1. Parece uma brincadeira, mas não é. Manuel usou o óculos por anos e nunca votou, não sabia escrever e nunca tirou o titulo.

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  2. Acho que Zé Augusto estava era com papo cheio de alpiste para confundir fava com gergelim!!!

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