No povoado do São Vicente e nos sítios circunvizinhos Atoleiro, Boa Vista e Iputy, em Várzea-Alegre, todo mundo ou quase todos são conhecidos pelo apelido.
Não sei a razão ou motivo para um deles ser conhecido por Zé Prego. Sabe-se, no entanto, tratar-se de um senhor de certa idade, muito conversador, metido a namorador, que diante das leis atuais teria dificuldade de não ser denunciado por assédio.
Certa feita, ele chegou na loja do seu parente Chico Francisco, sentou no balcão e haja conversa. Entra na loja uma cigana, e, se propõe a ler a mão, fazer o adivinho do futuro e sobretudo do passado.
Zé Prego tomou a dianteira e estendeu-lhe a mão. A cigana segura pelos dedos e começa : O senhor tem mais de 60 anos, o senhor é casado e tem uma ninhada de filhos, o senhor é muito metido e inxirido, admiro muito ainda não ter levado uma boa pisa.
Zé Prego, diante das precisas informações respondeu : "Vai numa tria espritada".
Espritada, termo do populacho utilizado pela verve local.
De volta da feira semanal, de passagem pelo sitio Gibão, Zé Prego seguia sentido contrario e pedia água de beber na quinta casa. A mulher terminou por contar a proeza do Zé Prego para o marido. Na feira seguinte fizeram o fogo de aroeira e a panela fervia quando Zé Prego chegou e pediu água. A mulher trouxe o copa com água fervendo. Zé Prego bebeu como quem bebe café quente. Foi a ultima vez que por lá passou.
ResponderExcluirZé Prego era primo do meu pai e esse apelido Zé Prego, foi por por que em uma icasião enquanto trabalhava num seviçi de carpintaria, usando as duas mãos.
ResponderExcluirUma para segurar o martelo e a outra pare segurar a tábua, teve que segurar os pregos com a boca, ele acabou engolindo alguns pregos e esperar alguns dias para os pregos saírem.
Como se diz no interior!
ResponderExcluirEh cada uma que dá cem !! 🤣🤣