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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 26 de novembro de 2023

301 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Na legislatura de 1950 a 1954 Luiz Otacílio Correia foi vereador em Várzea-Alegre. Sendo  presidente da Câmara por dois anos. Quando lhe perguntavam se era por vaidade ele respondia : Não, é por necessidade mesmo.

Certa feita, numa discussão no plenário, coisa muito raro naquela época, um  vereador afirmou : Eu desconcordo do seu projeto! E, Otacílio emendou : E, eu discordo do seu desconcordo.

Outra vez um vereador fazia severas criticas ao Prefeito Adelgides Correia por vetar um projeto que aumentava a área do Cemitério, e, o Otacílio pediu a palavra no que foi negado. O vereador bradava e Otacílio pedia novamente, no que lhe era negado, até que educadamente Otacílio repete : Vossa excelência  me dar a palavra? 

Dou não, eu num já disse que não dou!  

E, o Otacílio com toda paciência do  mundo : Pois, me venda.

Na entrega de um título de cidadania o agraciado na mesa, do lado do presidente Otacílio, e, o orador fazendo a saudação :  O "preclaro" agraciado pra cá, o preclaro homenageado pra lá, o homem não sabendo o exato significado da palavra "preclaro" perguntou : Otacílio isso é bom ou ruim? 

Otacílio respondeu : Ele está lhe chamando de "fi de uma égua"! 

Pois, eu vou dar o tiro nesse corno quando sair pra rua.

Otacílio Correia merece o respeito do Brasil pela grandeza humana e pela humildade. Como deputado e proprietário da maior empresa de transportes do Brasil andava  de bermuda e chinelo de dedos nas calçadas de Várzea-Alegre  abraçando  e fazendo ri os seus conterrâneos.


Um comentário:

  1. Otacilio era deputado estadual e o maior empresario do ramo de transportes do Brasil e andava de bermuda, chinela de dedos pelas ruas de Várzea-Alegre abraçando todos quantos via pela frente. Um grande exemplo franciscano.

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