Lembremos uma velha história contada sobre o folclore do saudoso Coronel Antônio Correia. Diz-se que na Várzea Alegre dele, sem contrastes ainda, Seu Toin, como o chamavam, dava atenção aos eleitores e, à medida que iam pegando o prato pra comer do boi morto na madrugada, com feijão novo e arroz pilado sem parafina, ele entregava o envelope com as chapas, pra prefeito, vereador, deputado estadual e federal e governador, que naquele tempo era tudo junto.
O voto era conquistado em conjunto. Da cabeça ao rabo. O eleitor saia dali e, com o buchim cheio, ia direto pra urna depositar o voto com envelope e tudo.
Um dia, numa eleição meio apertada, um cidadão lá cismou de perguntar pra o Coronel Antônio Correia:
Seu Toin, em quem é mesmo que eu vou votar?
E o Coronel em cima da bucha.
Tu é besta caboclo! Tu num sabe que o voto é secreto!
Como Borges de Medeiros no Rio Grande do Sul o coronel Antonio Correia Lima foi tudo que quis em Várzea-Alegre. De 1912 até 1939 com sua morte. Depois a família reinou até 1962 quando perdeu o domínio politico. Tudo passa. Nada é eterno.
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