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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

348 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Quem conheceu o casal Zé Chato e Jorvina, morando no Sanharol, sabe o quanto eles viveram numa época de dificuldades, de pobreza extrema. Não havia nenhum tipo de assistência aos idosos, e, pessoas como eles, que não tinham filhos adultos para socorrê-los passavam a viver da caridade alheia.

Recebiam  a assistência possível de pessoas caridosas residentes  na circunvizinhança. E, esta história ilustra bem a situação.

Jorvina botou o pratinho de arroz "d'água no sal" para Zé Chato. Zé Chato pediu  : Jorvina me dê uma colher de açúcar para misturar com esse arroz? Jorvina deu o maior pinote. Quem já se viu comer arroz com açúcar?

Estava Jorvina, defendendo o café do outro dia, pois só lhe restava uma colher do produto. Zé Chato era muito abusado, por nada virava o muzenga e respondeu: Jorvina, quem é rico come com carne, com queijo, com galinha, e, quem é pobre come puro, come com açúcar,  come com a puta que pariu.

Dedico esta historinha ao amigo Raimundo Bitu, em São Bernardo do Campo, que conheceu os personagens e é testemunha ocular da  história.


3 comentários:

  1. Sou um saudosista. Todos já devem ter notado. Mas, uma coisa que me revolta é ter convivido com muita gente boa, idosos, vivendo situações de extrema pobreza. Graças a Deus hoje em dia vivemos tempos melhores.

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    1. O pobre de hoje em sua maioria, é rico em relação ao de 70 anos passados.

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  2. Caro Morais, um dos melhores e mais justos programa sociais, tavez, seja a Aposentadoria Rural. Registre-se que referido projeto foi aprovado e implementado na época do governo militar. E interessante é que não teve e não tem o viés eleitoreiro, como se vê atualmente com os programas sociais.

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