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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 6 de novembro de 2023

251 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Foto - Hospital São Francisco de Assis - Crato - Ceará.

Acomodado  no velho banco herdado do seu bisavô José Raimundo do Sanharol, José André conversava com Antônio de Gonçalo quando chegou o seu primo Joaquim André bastante aflito e muito nervoso, disse : Zé de tio Pedo, vi lhe entregar Antônio aos seus cuidados, a crise mental desta feita superou todas as demais. Ele não foi assassinado hoje no Roçado Dentro porque Nossa Senhora não permitiu.  A policia chegou a tempo e levou para cadeia.

No outro dia José André  alugou a Rural de Barroso, e com a segurança de Vicente de Santiago e Antônio de João do Garrote seguiram para o Crato.

Logo que saíram Antônio André tirou uma peia de fumo do bolso e começou a mascar. Na Cachoeira Dantas soltou a primeira prastada  de cuspe no carro. Barroso pediu  com lhaneza no trato : Antônio André, amigo velho, não faça isso,  não cuspa no meu carro.  

Antônio André fez ouvido de mercador. Vieram a segunda e terceira cusparada até Barroso falar irritado: Antônio André,  condenado, não cuspa no meu carro!

Em resposta ouviu do Antônio : Eu cuspo, eu mijo e eu cago, quem mandou você alugar a Zé de tio Pedo. 

Quem aluga deixa de ser dono.


3 comentários:

  1. As dificuldades eram imensas, mas, por sorte tinha o Dr. Humberto Macário, em Crato que dava toda assistência e atenção necessária.

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    1. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk este realmente, era doido varrido.....

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  2. Meu avô, Antonio Gonçalo Araripe, ao comentar esse fato, deve ter lembrado das ocasiões em que tivera que tratar de filhos seus que passaram pelo mesmo problema de esquisofrenia.
    Em meu livro TROPEIRISMO NOSSO, citei fatos históricos em que pessoas do lugar e parentes com problemas mentais eram acorrentados ou trancafiados em masmorras, como forma de tratamentos.

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